De olho na copa - Copa do Mundo de 2014 já movimenta o comércio em mercado popular de Belo Horizonte.
Empresário reformou loja e aprendeu modelo de gestão com o Sebrae.


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Pequenos empresários de BH já fazem mudanças de olho na Copa

Exemplo são os comerciantes de um centro de produtos populares.

Empresário reformou loja e aprendeu modelo de gestão com o Sebrae.

A Copa de 2014 já mexe com pequenos empresários em cidades brasileiras. Um exemplo são os comerciantes de um centro de produtos populares em Belo Horizonte. De olho nos negócios do maior evento esportivo do mundo, eles já reformularam quase tudo para faturar.

Frutas, queijos, compotas. Mil pessoas, em média, passam pelos corredores de uma feira na cidade, todos os dias. São 125 lojas em quase cinco mil metros quadrados.

Uma loja de laticínios e massas caseiras tem 23 anos. O antigo proprietário desistiu do negócio e passou para o ex-funcionário Robson Vieira, que começou na loja ainda garoto. Por isso, o negócio foi como de pai pra filho, no valor de R$ 20 mil, pagos em parcelas.

Com o apoio do programa “Sebrae 2014”, Vieira reformou a loja e aprendeu um novo modelo de gestão de vendas. “Fui trabalhando, fui crescendo, dedicando muito, muito tempo, muito esforço e a loja está do jeito que está hoje”

Uma das metas do programa é transformar a feira em um dos destinos oficiais dos turistas
que irão a Belo Horizonte na Copa do Mundo. “A feira está localizada em um corredor, o corredor do principal aeroporto de BH, e a gente aproveitou essa oportunidade para potencializar as empresas dentro da feira dos produtores. Por que não tornar a feira dos produtores também uma referência em turismo de Belo Horizonte e também do Brasil”, disse Samira Souza, do Sebrae de BH.

Vieira investiu R$ 6 mil nas reformas propostas pelo Sebrae. A loja ficou mais clara. Os produtos ocupam toda a parede. O empresário calcula um faturamento mensal de R$ 50 mil. E o comerciante quer fazer outras mudanças na loja.

“Vamos ter muitos turistas aqui, muita gente estrangeira, que a gente vai ter que adequar e eu sei que o Sebrae já vai estar com tudo pronto, basta a gente estar trabalhando lado a lado que a gente vai conseguir adequar a loja para a Copa.”

Francisco Batista Neto tem uma peixaria na feira dos produtores, desde 1981. Na época, o empresário investiu o equivalente a R$ 25 mil no espaço, de 35 metros quadrados. Para atrair mais clientes o Sebrae sugeriu ao empresário que fizesse mudanças no lay-out da loja.

“O Sebrae clareou as coisas para a gente mostrando aquilo que gente estava parado, o que precisaria mexer, mexer aqui, mexer ali”, diz o empresário.

Francisco Neto mudou a iluminação, instalou um tanque novinho, trocou portas e colocou azulejos. Foram R$ 10 mil em melhorias. E deu certo. Com o programa “Sebrae 2014”, o faturamento quase dobrou.

“A gente faturava uns R$ 16 mil. O faturamento hoje está em torno de R$ 25 mil depois que o Sebrae chegou para ajudar as empresas”, afirma.

A feira existe desde 1950. Foi construída para abrigar os produtores que vendiam em uma feira livre. Virou tradição. “Os produtos aqui são de excelente qualidade. Vale a pena comprar.
E não são tão caros também. A gente consegue negociar com os lojistas e acaba saindo com uma satisfação total”, diz Renato Barcelos, que frequenta o local.

O Sebrae atraiu outros pequenos empresários da feira. Eles se reuniram e agora também participam do programa em busca de resultados efetivos.

“Fizeram vários projetos, vários cursos, aí começamos a frequentar e seguir o seguimento do Sebrae, e deu uma modificação muito grande dentro das feiras dos produtores”, diz José Edmundo Silva, presidente da feira.

“A gente pega o que eles têm de potencial e transforma isso realmente num diferencial para a Copa de 2014”, diz Samira.
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