Comércio varegista - Lojas inovam o visual para aumentar o faturamento no Piauí.
Donos de lojas de varejo explicam que pequenas mudanças chamam a atenção dos consumidores e influenciam diretamente nas vendas. As inovações vão desde a fachada da loja até a exposição dos produtos, e o resultado agrada a proprietários e clientes.
Lojas modificam e inovam o visual para atrair a clientela no PI

52% dos negócios do estado são lojas.
Sebrae faz a consultoria e apresenta as sugestões para empresários

No Piauí, lojas modificam e inovam o visual para atrair a clientela. Pequenas mudanças chamam a atenção dos consumidores e influenciam diretamente nas vendas.

O comércio varejista é a atividade econômica mais forte do Piauí - 52% dos negócios do estado são lojas.

A concorrência é muito grande. Cada empresário tem a difícil tarefa de convencer o cliente a entrar e comprar. Para chamar a atenção dos consumidores, 400 lojas tomaram uma atitude. Mudaram completamente o visual.

É um trabalho que começa na fachada do ponto e acaba na exposição dos produtos. Tudo pode ser melhorado. É o que ensina o projeto de comércio varejista do Piauí. “Esse trabalho, ele se inicia com um diagnóstico. São detectados os problemas. E o Sebrae, então, através do seu corpo funcional, e dos seus consultores, ele faz a consultoria e apresenta as sugestões para que o empresário aplique na sua empresa”, diz José Airton Vieira, do Sebrae em Teresina.

Quem seguiu as sugestões foi a empresária Zoraide Brandão. Ela é dona de uma loja de roupas femininas no centro de Teresina. “De certa forma, era uma loja humilde. Mas que tinha umas vendas que não eram tão satisfatórias”, diz a empresária.

Para transformar o ponto, a empresária decidiu investir. Ela gastou R$ 20 mil. A mudança começou na vitrine. A loja comprou manequins modernos. “Os manequins, eles não tinham cabeça, não tinham braços”, diz.

Os novos bonecos têm a mesma forma de um corpo humano. Isso melhora a exposição das roupas e atrai clientes para a loja. E, quando eles entram, encontram facilmente o que desejam. Em uma estante, as calças ficam separadas por tamanho e modelo.

“Até facilita o trabalho da gente na hora de mostrar para o cliente. O cliente chega na loja e pergunta se tem calça jeans. De uma certa forma, e a gente já direciona o cliente no tamanho. Já pergunta para ele ‘que tamanho você veste? Como você gostaria que fosse a calça?”, revela.

Na hora de pagar as calças, o consumidor pode escolher qualquer bandeira de cartão de crédito. E olha que um ano atrás, antes da reforma, a loja não tinha nem computador. Tantas novidades fizeram o faturamento aumentar 50%.

“Mais clientes estão freqüentando a empresa hoje. Quer dizer, isso aí é uma propaganda que o cliente faz que a gente não precisa nem pagar. Ou seja, você tratando bem o cliente, dando um suporte melhor às vendedoras para atender bem ao cliente, com certeza, o cliente vai e volta”, explica a empresária.

Quem também tem motivos para comemorar é a empresária Conceição Pereira da Silva. Ela é dona de uma loja de bolsas e calçados. A primeira orientação do consultor foi mexer no visual externo da empresa. “O grande foco é você fazer com que o seu cliente pare, pelo menos, 30 segundos na frente da sua loja. Se ele parar 30 segundos, isso vai fazer com que ele tenha, tenha acesso à empresa”.

Para atrair a curiosidade de quem passa em frente à loja, a empresária mudou completamente a fachada.

“Eu comprei uma vitrine. Mandei fazer uma vitrine. Agora, como você está vendo, para expor melhor os produtos. A mercadoria fica mais visível para quem passa fora da loja. Chama mais atenção para o cliente entrar na loja”, diz a empresária Conceição Pereira da Silva.

E dentro da loja tudo está diferente. A cor das paredes foi trocada de amarelo para branco. Um tom que destaca os produtos. A iluminação foi ampliada. E a exposição das bolsas e calçados está mais organizada para facilitar a escolha do cliente.

“Quando ele entra na loja, ele percebe logo onde está cada produto. Cada estilo separado por prateleira. Bolsas em local separado; sandálias em local separado. Tudo na seqüência. Fazendo uma harmonia de cores, de modelos, de estilo”.

Os clientes percebem e aprovam as novidades. “Eu achei que melhorou bastante. No aspecto arquitetônico, a beleza e tudo. Gostei bastante”, diz a consumidora Socorro Braga.

Essa satisfação é só um dos resultados do projeto. O investimento para mudar a loja foi alto: R$ 50 mil. Mas o retorno foi imediato. Assim que a obra acabou, as vendas aumentaram. Em um ano, o faturamento cresceu 86%.

Com mais dinheiro em caixa, a empresária pode colocar outras marcas de calçados e bolsas na loja. Aliás, agora o ponto de venda é disputado pelos fornecedores. “Eu passei a ser visitada por representantes que, antes, eu acho que nem viam a loja. Até mesmo quando eu fazia contatos por telefone, eu não era visitada. E hoje eles me visitam, me oferecem produto. Hoje já estou podendo escolher o que eu quero vender na minha loja”, diz Conceição.

Com fornecedores disputando espaço e clientes comprando cada vez mais, as lojas já estimam lucros ainda maiores. “O projeto tem como meta final, até 2013, aumentar o faturamento das empresas em 20%”, diz Vieira, do Sebrae.
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