Mercado de orgânicos - Empresa privilegia produtos orgânicos em São Paulo.
Em São Paulo, nasce um novo conceito de varejo, que privilegia o sustentável. A empresa reúne supermercado, cafeteria, restaurante e eventos culturais voltados à comercialização de orgânicos.
Orgânicos movimentam o varejo e criam possibilidades de negócios
Empresa em SP reúne mercado, cafeteria e restaurante dentro do setor.
Novo conceito privilegia varejo sustentável.
Em São Paulo, nasce um novo conceito de varejo que privilegia o sustentável. A empresa reúne supermercado, cafeteria, restaurante e eventos culturais voltados à comercialização de orgânicos. E os consumidores levam para casa produtos certificados.
Tudo que é exposto no mercado foi escolhido de forma criteriosa. São cerca de 750 itens que valorizam o sustentável. No espaço voltado para a alimentação ficam as frutas orgânicas, os produtos mais vendidos da loja. São frutas de todos os tipos: maçã, abacate e maracujá. As verduras e os legumes chegam direto da horta e estão sempre fresquinhos.
No mercado diferente, que fica na zona oeste de São Paulo, não entra produto com agrotóxico. Tudo é orgânico. O espaço foi montado pelo empresário Nardi Davidshon há menos de um ano.
“Eu consumo orgânicos há mais de dez anos (...). Eu acredito neste mercado e vejo que existe uma demanda muito crescente das pessoas preocupadas com um alimento que propicie saúde para elas”, afirma o empresário.
Davidsohn trabalha com 50 fornecedores de hortifruti, espalhados por todo o Brasil. “A gente tem arroz do Rio Grande do Sul, maça de Santa Catarina, laranja da Bahia, a carne orgânica do Mato Grosso do Sul, até o açaí que vem lá do Pará”, diz.
Tudo o que chega ao local tem certificação orgânica. “A fruta é a grande porta de entrada do consumidor do orgânico, porque quando ele consome, prova uma fruta orgânica, ele percebe a diferença do sabor, porque é enorme entre o produto orgânico e o convencional”, revela o empresário.
O mercado recebe cerca de 40 clientes por dia. Todos em busca de alimentos saudáveis. “Eu tenho um bebezinho e quero que ela coma produtos orgânicos também”, relata a consumidora Camila Aragon.
“Aqui eu encontro verduras absolutamente frescas (...). O que é fundamental para quem quer comer uma coisa gostosa”, diz Bernardino Luiz Andreozzi.
Além das frutas e verduras, o mercado oferece a cafeteria e o restaurante que servem comida orgânica. O cardápio segue a sazonalidade dos alimentos e muda todos os dias. O almoço custa R$ 38 durante a semana e R$ 48 aos sábados e domingos. Segundo o empresário, a gastronomia agrega valor ao negócio. “Uma vez o cliente descobrindo o sabor da gastronomia orgânica, ele quer levar para casa depois o ingrediente e preparar na sua casa. Aqui atualmente é uma porta de entrada.”
O mercado também possui produtos industrializados de origem orgânica. São doces, bebidas, material de limpeza e até higiene pessoal. Todo o mobiliário usado aqui neste galpão de 500 metros quadrados é de madeira reciclada de demolição. E a iluminação é feita com lâmpadas de LED, que gastam menos energia.
Segundo a Associação Brasileira de Orgânicos, o Brasil já movimenta neste setor mais de R$ 1 bilhão por ano. Embalado pelo bom momento, o mercado do empresário Nardi Davidsohn cresce 15% ao mês. E ele tem novos projetos. “A gente tem sido procurado por pessoas do Brasil todo, interessados em ter esse conceito na sua cidade, e a gente tá desenhando sim um plano de expansão.”
Para Carlos Eduardo Gouvêa, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos Especiais, os produtos orgânicos são um grande investimento.
“Os orgânicos vêm dentro deste contexto de saudabilidade, é um dos grandes chamarizes hoje da indústria para se ter uma renovação dos ciclos, não só por parte do consumidor, que percebe hoje a nutrição como um grande aliado para uma melhor qualidade de vida. Nutrição com prática de atividades física, hoje estão combinadas, e o orgânico se encaixa exatamente neste conceito”, diz.