Alerta - Pavor da gripe suína esquenta mercado de máscaras no Brasil
Sem casos de gripe suína confirmados, o Brasil vê aumentar a procura por máscaras cirúrgicas, uma das indicações para prevenir o contágio. Fabricantes do produto no país também aumentaram a produção, para dar conta da demanda nos próximos dias. O vírus da gripe suína, do tipo influenza A, dissemina-se entre as pessoas da mesma forma que o das gripes convencionais, por meio de gotículas emitidas pelo espirro ou a tosse do doente. Por isso, o uso de máscaras tem sido recomendado pelo Ministério da Saúde aos turistas brasileiros que forem para áreas afetadas pela doença --no Brasil, esses produtos precisam de certificação pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e recebem um selo na caixa.
A Descarpack, que fabrica o produto em São Paulo, afirma que decidiu dobrar seu volume de produção do produto de 8.000 para 16 mil máscaras por dia. Em geral, a empresa vende cerca de 100 mil unidades por semana, mas já atingiu esse volume entre segunda-feira e ontem.
"Mesmo assim, vai faltar. Nossa produção é limitada", afirma Camila Gonçalves, supervisora de vendas da fabricante. O modelo mais procurado é uma máscara com carbono ativado, usada para evitar a contaminação por tuberculose.
"Desde sexta-feira estamos recebendo muitas consultas", afirma a 3M, outra fabricante de máscara, em nota --a empresa não revela dados de produção. "Notamos também a preocupação de subsidiárias de empresas internacionais instaladas no Brasil que nos consultaram para eventual transferência de material para os países mais afetados."