Oportunidade de negócio - Petróleo cria oportunidade de capacitação de empresas no Amazonas.
A intenção é que a indústria local possa oferecer serviços para uma refinaria da Petrobras. Uma fábrica de molas foi uma das 270 empresas beneficiadas. Construtora também está no projeto do Sebrae.
Petróleo cria oportunidade de capacitação de empresas no Amazonas.
Um projeto do Sebrae criou uma parceira de sucesso no estado. Já são 270 empresas capacitadas para fornecer produtos e serviços para a refinaria da Petrobrás, em Manaus.
O ramo petrolífero do Amazonas recebeu parcerias de sucesso! Pequenas empresas foram capacitadas para fornecer produtos e serviços para a refinaria de Manaus. E agora, a indústria local passa a atender às necessidades de um grande cliente. O responsável por isso é o Sebrae, que montou um projeto para aproximar a Petrobrás das pequenas empresas do Amazonas, que hoje somam 270 pequenas empresas capacitadas.
“O objetivo é que o segmento das micro e pequenas empresas possam ter oportunidades de capacitações e algumas consultorias focadas em áreas de gestões e segurança, saúde, logística”, explica Maurício Aaucar Seffair, do Sebrae do Amazonas.
A fábrica de molas, do empresário Naílson Gama da Silva, é uma das fornecedoras de produtos para a Petrobrás.
“Praticamente aumentou o número de funcionários em 30%, ganhamos muito com isso em conhecimento, na área de gestão e na área do processo também”, afirma Naílson.
Na fábrica são feitos 12 tipos de mola, que custam entre R$ 2 a R$ 120 reais. A fábrica passou por uma mudança completa e todo controle é feito por ordens de serviço.
“Antigamente era no balcão, a pessoa chegava e pedia uma mola, nós anotávamos o nome e pra entregar o produto ficava muito difícil, agora não, fizemos uma ordem de serviço, organizamos: a pessoa deixa o nome, telefone e quando estiver tudo pronto a gente entra em contato com o cliente e liga pra ele vir pegar o produto dele”, explica o empresário.
Antes do projeto do Sebrae, os funcionários não tinham função definida. Hoje cada um domina uma parte do processo.
“As mudanças aumentaram a produção. Agora, a empresa fabrica 5.300 molas por mês. São três mil a mais do que no começo do projeto. E as peças não ficam paradas aqui no estoque. A clientela cresceu 35%”, diz Gustavo Gonçalves, de Manaus.
A empresa já fez três vendas para a Petrobrás, todas no sistema emergencial. Quando a refinaria precisa de uma peça com rapidez faz a compra sem precisar de licitação. Naílson está implantando a ISO 9001 na fábrica e, com a certificação, vai entrar no cadastro permanente de fornecedores da refinaria.
“Agora estamos apagando incêndio, eles procuram a gente quando quebra algum tipo de material, depois que estivermos cadastrados, tivermos com a ISSO e qualificados, nós vamos cadastrar pra fornecer mensalmente pra eles”, garante o empresário.
A empresária Rosana Gonçalves, dona de uma construtora, também participa do projeto do Sebrae, 60% do faturamento da empresa vêm de negócios com a Petrobrás, que proporcionou a empresária fazer investimentos na refinaria, ela já está na oitava obra.
Rosana conta que 50 funcionários trabalham na obra e que todos usam equipamentos de proteção e fizeram cursos para aumentar a produtividade.
“Com isso, capacitamos o pessoal e o nosso índice de custo baixou bastante”, garante a empresária.
O Sebrae já promoveu cinco viagens empresariais, no Brasil e no exterior. O grupo conheceu o mercado de países como Alemanha e Colômbia. No ano passado, Rosana Gonçalves esteve no Canadá.
“Fomos atrás de tecnologia para trazer novos produtos pra nossa região e poder implantar dentro das nossas obras”, conta Rosana.
O projeto gerou quase 1500 novos empregos e representou um ganho real para as empresas de R$ 140 milhões.
“O faturamento é uma consequência de todo o trabalho. Então, uma das medições que é feita é o aumento do faturamento. E nesse momento, nós temos que: o aumento foi cerca de 33% no segmento, de micro e pequena empresa”, afirma Maurício Aucar Seffair, do Sebrar do Amazonas.
A Petrobrás e o Sebrae investiram seis milhões de reais no projeto. Já foram treinadas mais de duas mil pessoas. Além de estimular a economia local, a refinaria ganha em logística. É mais barato comprar de um fornecedor da mesma cidade.
“Trazer produtos de outras regiões para o Amazonas, é complicado. Ou só vem por navio ou por avião, pode vir pelo modal rodoviário, mas o tempo é muito longo, as distâncias são longas, o estado não tem estradas pra permitir o acesso pelo o modal rodoviário ou ferroviário, que não existe”, explica Augusto Cesar de Carvalho, representante da Petrobrás do Amazonas.