Diga 560 mercado de skate - Brasil tem a segunda maior indústria mundial de skate.
O setor fatura em torno de R$ 300 milhões por ano. O país tem a segunda maior indústria mundial: só fica atrás dos Estados Unidos.
Cresce mercado de skate no Brasil

O setor fatura em torno de R$ 300 milhões por ano. O país tem a segunda maior indústria mundial: só fica atrás dos Estados Unidos.

Cresce o mercado do skate no Brasil. Aqui, as pequenas empresas se dedicam à produção de peças, vestuário e acessórios para as radicais manobras dos skatistas.

Eles ganharam as ruas das cidades e encantam pelo estilo e manobras.

O empresário Henry Ribeiro fabrica o shape, a parte de madeira do skate. Empresários como ele sabem que o mercado de skate vive um grande momento no Brasil. No último ano, as vendas da fábrica aumentaram 50%. São mais de três mil unidades produzidas por mês.

“Hoje, o skate está em uma fase muito boa. O skatista já é visto como atleta. As mídias estão investindo, estão mostrando o skate de uma forma melhor do que mostravam antigamente. Então, hoje em dia, a tendência do skate é só crescer. Acredito que já seja um dos esportes mais praticados do país e a tendência é explodir”, afirma Henry Ribeiro.

O empresário é apaixonado por skate desde criança. Há dez anos, investiu R$ 5 mil: comprou lixadeira, prensa e furadeira. Ele montou uma pequena fábrica, que não parou mais.

“Eu comecei bem pequeno com máquinas caseiras que eu tinha. Vi como funcionava o processo de fabricação e comecei a fabricar vendendo pra amigos, pra algumas lojas de parceiros e assim foi”, comenta Henry.

A madeira representa 60% dos custos do shape. Ele é feito com sete chapas finas de 1,5 mm de espessura cada, coladas com resina uma sobre a outra.

“Ele pesa em média entre 1,2 kg e 1,5 kg. Ele tem que ser resistente porque tem que aguentar pancada e tem que ser leve para o skatista, para ele poder executar as manobras mais facilmente”, explica o empresário Henry Ribeiro.

As chapas vãs para uma prensa onde ficam por seis horas, até ganhar uma pequena angulação nas pontas. Em seguida, passam pelo corte, e por fim, acabamento.

O maior segredo do negócio não está na produção e sim na pista de skate que o empresário montou bem na frente da fábrica. No espaço, o skate é testado, analisado e aperfeiçoado dia após dia. Os responsáveis por isso são atletas que ainda divulgam a marca em campeonatos. A turma não é fraca não.

Os skatistas são patrocinados pelo empresário. Eles recebem skates e ajuda de custo para participar de campeonatos. Quando ganham uma competição, as vendas na fábrica disparam.

“Os atletas são o espelho da marca. Aí a garota olha e pode querer comprar o produto que ele está usando, se vestir igual, andar igual ou parecido, e assim vai indo”, conta o skatista William Damascena.

“A parceria com o skatista é fundamental porque ele é a vitrine do esporte. Através dele que você divulga o seu produto”, diz o empresário Henry.

A distribuidora de Eduardo Souto está entre as 300 que vendem os shapes do empresário Henry Ribeiro. O empresário montou a distribuidora em 1997. Logo se vê que o skate é mesmo um mundo à parte. São mais de mil itens relativos à modalidade, de equipamentos a acessórios.

“É um universo super amplo. Hoje o skatista não é só um skatista. Ele expressa muito a identidade dele, o estilo de vida. Hoje virou mais um estilo de vida do que um próprio esporte ou um próprio negócio”, afirma Eduardo Souto.

A empresa vende o skate pronto e também fornece as peças separadas: o shape, a lixa, o eixo e as rodas. Tudo é adaptado ao estilo do skatista.

A roupa também é especial. Calça folgada ou elástica para facilitar as manobras. Tênis com sola 100 % de borracha para dar mais aderência. Meias soquete para não aparecer e até cueca samba canção, que skatista adora. O estilo segue tendências urbanas.
“No caso do street wear, lembra muito o grafite, coisas que remetem ao ambiente de rua: hip-hop, dança e grafite. Ou a parte do rock’n’ roll e punk também que são movimentos urbanos. Então, o skate tem focado muito essas duas vertentes”, explica o gerente de marketing Guilherme Rocha.

A distribuidora fornece para 800 lojas em todo o país. O dono de loja Marcos de Mello Neto é um dos clientes. Ele tem mais de dois mil itens. Os shapes de madeira são os campeões, representam metade das vendas.

“O mercado hoje é um mercado em ascensão total. Não tem mês de baixa, nem de queda. É só mês de alta. Então cada mês aumenta o consumo desse tipo de mercadoria”, comemora o comerciante Marcos.

As vendas da loja aumentam 20% ao ano. O público é das classes A e B, mais preocupado com a qualidade do que com o preço. A atenção e o conhecimento sobre o produto são fundamentais para a venda.

Mas a melhor maneira de atrair os clientes está no fundo da loja. O empresário montou uma pista de skate. Ele dá aulas para crianças e adolescentes e garante mais consumidores para a loja.

“Quando eu comecei a fazer aula, eu gostei, comprei todos os equipamentos na loja”, revela o cliente Bruno de Bortoli, de 15 anos.

“Cliente para toda a vida. Quem anda de skate hoje começa com quatro anos e tem pessoas com 50 anos andando de skate. Então a gente vai ter cliente por pelo menos uns 40 anos de trabalho”, prevê o comerciante Marcos de Mello Neto.
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