Caros amigos e queridos irmãos da Sublime, aproxima-se a data de 9 de Julho, e eu me lembrei do nosso saudoso irmão Gino Struffaldi, que foi combatente em 1932. Este ano ele não participará da tradicional parada de Nove de Julho em São Paulo porque no ano passado ele repousou no Chão da Glória do Oriente Eterno.
Mexendo no baú das minhas memórias, resolvi relatar para vocês o que um general, que sabia das coisas, me contou há 71 anos atrás. Vejam a seguir.
SÃO PAULO, NOVE DE JULHO DE 1932
Do livro digital “Estoriêtas do Ele Gê”
Por volta do ano de 1943, quando eu servia na Fortaleza de Santa Cruz no Rio de Janeiro, o meu amigo e comandante do Grupamento Leste da Defesa da Costa, o General Alcides Etchegoyen comentou, durante um almoço no quartel, para mim e os outros oficiais que serviam na Fortaleza, que quando o General Gois Monteiro veio do Rio para São Paulo para combater a revolução constitucionalista, sua intenção era aderir ao movimento. Tropas no nordeste estavam sendo mobilizadas para defender a ditadura de Getúlio, mas a logística era complicada, e havia uma janela de tempo favorável aos revoltosos até a chegada dessas tropas ao sudeste.
Mas o general comandante das tropas revolucionarias não era um oficial combatente e não viu o lance (se não me engano, era oficial de intendência).
Se ele ordena um ataque às tropas do Gois Monteiro, este se rendia e aderia ao movimento. Mas ele não o fez, manteve uma posição apenas defensiva, e com o passar do tempo, com a chegada de tropas nordestinas ao Rio de Janeiro, o Gois mudou de ideia.
Por falta de um napoleão no comando, as tropas revolucionarias perderam a guerra. E vocês nem podem imaginar como o Brasil seria diferente se a revolução fosse vitoriosa...