A "burka", o traje islâmico que cobre o rosto e corpo da mulher, tem origem num culto à divindade Astarte, a Deusa do Amor, da Fertilidade e da Sexualidade, na antiga Mesopotâmia.
Em homenagem à deusa do amor físico, todas as mulheres, sem excepção, tinham de se prostituir uma vez por ano nos bosques sagrados ao redor do templo da deusa.
E para cumprirem o preceito divino sem serem reconhecidas, as mulheres de alta sociedade acostumaram-se a usar um longo véu em proteção da sua identidade.
Carpet depicting Kemal (Mustapha) Ataturk (1881-1938) and Ataturk's Mausoleum in Ankara (textile)Mustapha Atatürk
Com base nessa origem histórica, Mustapha Atatürk, o fundador da moderna Turquia (1923 – 1938), no quadro das profundas e revolucionárias reformas políticas, econômicas e culturais, que introduziu no país, e desejoso de acabar, de uma vez por todas com a "burka", serviu-se de uma astúcia para calar a boca dos fundamentalistas da época. Criou uma lei simples que determinou o seguinte:
"Com efeito imediato, todas as mulheres turcas têm o direito de se vestir como quiserem, no entanto todas as prostitutas devem usar a burka".
A partir dos dias que se seguiram nunca mais a "burka" foi vista na Turquia.
Esta lei ainda se mantém em vigor.