O grupo de alérgicos crescem no Brasil. São mais de 63 milhões de pessoas com algum tipo de intolerância no organismo. Os sintomas mais comuns das alergias são espirros, tosses, e coceiras.
O médico especialista em alergias Fábio Morato Castro diz que o problema está relacionado com o desenvolvimento de novos hábitos da sociedade, como o uso de produtos químicos e o consumo de alimentos industrializados. Por isso, a principal recomendação aos alérgicos é evitar a substância causadora da reação. E aí que entram os produtos hipoalergênicos.
“O produto hipoalergênico é aquele que causa menos alergia. Isso significa que já tiraram aquelas substâncias químicas que conhecidamente podem provocar reações alergias, (...) porque tem uma chance menor de provocar alergias nas pessoas”, explica.
A empresária Julinha Lazaretti é uma das precursoras no ramo de produtos hipoalergênicos. Há quase 20 anos ela faz pesquisa e desenvolve fórmulas de produtos que vão de cosméticos a travesseiros.
“Existe uma estimativa que em 20 anos mais de 50% da população vai ter alergia. Então é um mercado que vai crescer e cada vez mais vai precisar dos produtos”, explica.
Para transformar o negócio em franquia, a empresária estudou o mercado durante 6 meses e formatou a rede com 3 modalidades: quiosque com investimento inicial de R$ 93 mil e loja de shopping e de rua, com investimento a partir de R$ 184,5 mil. “A gente dá um suporte desde como se funciona um varejo ate o que é uma alergia, quais são as principais alergias e como os nossos produtos funcionam”, explica.
São mais de 280 itens, incluindo cosméticos, travesseiros, capas protetoras para colchão, umidificadores e soluções para limpeza. Tudo hipoalergênico. As fórmulas são desenvolvidas em um laboratório próprio. A rede tem hoje três lojas próprias em São Paulo e unidades franqueadas no interior paulista e na Bahia. A franquia trabalha com as linhas feminina, masculina e também infantil.
Helena Garcia montou uma franquia, em Campinas, interior de São Paulo, há 6 meses. O investimento foi de R$ 93 mil.
O quiosque ocupa uma área pequena na área de serviço do shopping. São 6 metros quadrados, espaço suficiente para oferecer uma grande variedade de produtos e atrair uma boa clientela.
Ygor sofre de rinite alérgica e encontrou nos produtos um jeito de amenizar o problema. “Eu comprei um borrifador antiácaro para eu passar na parede, no meu colchão, para eu passar no meu quarto, mesmo porque o principal problema é lá”, diz.
Os itens mais vendidos são as capas antiácaros, a solução antimofo e os cosméticos.
Os preços dos produtos variam entre R$ 10, um sabonete, e R$ 230, uma capa de colchão para casal.
A cliente Juliana Faci compra os produtos para a filha de dois anos e meio. Ela tem alergia alimentar. “Ameniza bem essas reações alérgicas”, diz.
O faturamento de Helena gira em torno de R$ 15 mil reais, por mês. “Eu espero dobrar de faturamento e de vendas, a cada dia as pessoas estão conhecendo mais a marca e estão se fidelizando com a gente.”