Série Corporativa: Lojas e artesãos investem em enfeites feitos de isopor.
Peças natalinas têm alta de vendas nesta época do ano. Decorar as peças de isopor pode dobrar o preço de venda.
26/11/2012

Um material com várias utilidades, o isopor garante bons negócios para as fábricas que produzem placas, moldes e várias peças com o material.

A fábrica da empresária Mariza Bueno usa o isopor como matéria prima, e transforma o material em placas, molduras, cantoneiras e até bolo de enfeite. O negócio tem 15 anos e vende para decoradores, vitrinistas e papelarias. “São imensas as possibilidades de uso (do isopor). Cada hora vem alguém pedindo pra alguma finalidade que até então a gente não conhecia”, diz a empresária Mariza Bueno.

A empresa compra grandes blocos de isopor com três metros de altura, mas que são tão leves que um funcionário pode carregar na cabeça. Cada bloco vai para a máquina de corte, que trabalha o isopor com um fio de arame farpado, resultando no desenho que é programado no equipamento. “A peça fica perfeita com todos os detalhes que o cliente pediu”, conta o gerente de produção da fábrica, Damião Pereira de Lacerda.

O investimento para montar a empresa foi de R$ 100 mil em maquinário e estoque.
Devido ao preço e à versatilidade do isopor, a fábrica vem tendo um bom desempenho e crescimento. Uma das apostas é o isopor como substituto de molduras de gesso para o teto.

“O cliente compra, leva e ele mesmo aplica. Não requer nenhuma habilidade, não precisa de um gesseiro, por exemplo”, diz Mariza, que afirma que o custo para o cliente cairia bastante.
A fábrica manipula 800m³ de isopor por mês. Um bloco de isopor de alta densidade custa para a empresa R$ 1440 e com ele é possível fazer mil metros lineares de moldura, vendidos por R$ 3 mil.

“O isopor, pelas próprias características, é muito prático, fácil de manusear, tem características de ser térmico, acústico, e as pessoas percebem isso”, diz a empresária Mariza.

Decoração
Outro mercado ligado ao isopor é o de peças de decoração, em que os irmãos e empresários Danilo e Fabiana Atui se especializaram. Nesta época, o principal foco da empresa são os enfeites de natal como estrelas, guirlandas, bolas, pingentes, renas e trenós.

“A gente está com bastante cotação, bastante orçamentos sobre as peças, principalmente para decoração de vitrines em espaços comerciais. Acreditamos que vai ser forte esse natal”, diz o empresário Danilo Atui.

A loja tem uma trajetória de sucesso num mercado aquecido. Os empresários começaram o negócio em 1999, com investimento de R$ 10 mil para montar uma lojinha de 40 m². Desde então, cresceram pelo menos 30% por ano e hoje estão em um espaço oito vezes maior, vendendo mais de dois mil itens, sendo dez mil peças por mês e faturando R$ 250 mil por mês.

“A maioria dos clientes são autônomos, fazem festa para aluguel, para vitrine, então tem as empresas de decoração”, diz a empresária Fabiana Atui. Aproveitando este nicho, a empresa vende um kit, por R$ 70, para quem quer montar um pequeno negócio, decorando peças de isopor. Com tinta, glitter, cortador de isopor, cola, e pincel é possível desenvolver peças e iniciar um negócio.

O isopor não é um material caro, é leve, mas tem um inconveniente: precisa de muito espaço. O estoque da loja de Danilo e Fabiana ocupa um andar inteiro, de 200 m², até o teto.

A decoradora Claudete da Silva trabalha com serragem, usando cola misturada com esse material para produzir peças, um acabamento que custa menos de R$ 15 e pode até dobrar o preço de venda de uma peça. Uma rena feita apenas de isopor custa R$ 150, segundo ela, já uma decorada pode ser vendida por até R$ 390.

Outra dica é usar cola com gliter em peças como bolas de natal ou fazer a flocagem, um acabamento feito com pedacinhos de nylon grudados por eletrostática.
A artesã Gesiela Bettoni montou um ateliê na própria casa, investindo R$ 4 mil em um estoque de peças que ela mesma decora. Nessa época do ano, Gesiela vende mais de 300 enfeites de Natal por mês.

Uma das invenções da artesã é uma mistura que faz as bolas de isopor parecerem encapadas com porcelana. A mistura é feita de tinta, resina, cola e massa corrida e com R$ 30 de material é possível decorar mais de 100 peças. E com a capa, o isopor passa a aceitar qualquer tipo de acabamento como vernizes e tintas com solventes, que não aderem normalmente ao isopor.
Com essa e outras técnicas, Gesiela chega a faturar R$ 7 mil por mês.


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