No Brasil, desde que eu era menino pequeno no interior do Paraná, e olhe que lá se vão bem mais de 50 anos, era bem assim:
SIMPLES ASSIM – não havia dia de negro, de índio, de quilombola ou carambola, de turco (sírio e libanês), de japonês – nada dessas frescuras.
Em Curitiba, antes de irmos para Marialva, tínhamos uma mãe preta, a Dona Jandira, que era a mãe dos amigos de meus irmãos mais velhos e pela qual tínhamos o maior respeito e carinho.
Na minha turminha tinha um gordinho, uns 3 ou 4 magricelas que nem eu, meu irmão de pele mais morena , eu bem polaco, um negrinho.
Não nos chamávamos assim - era Éolo, Henrique, Mirinho, Mário, Euro...
...BEM SIMPLES ASSIM...
Fui trabalhar na farmácia de meu pai e conheci pessoas de várias origens, que lá iam para prosear, comprar remédios, se tratar, e todos eram atendidos e tratados pelo nome.
Eu nunca havia ouvido falar nessa palavra:
RACISMO!
Só fui tomar conhecimento dela nos jornais e filmes após os anos 70, dos movimentos negros dos Estados Unidos.
A partir daí surgiram os imitadores e aproveitadores, uma pequena turma do "black power" - que aqui era mais moda do que racismo.
Na Força Aérea convivi com pessoas de todo o território brasileiro, a grande maioria oriunda das classes média e pobre, e de todas as origens do povo brasileiro: brancos, amarelos, negros, portugueses, italianos, alemães, japoneses, sírios, libaneses, etc., e nunca vi uma só gota desse fel - o racismo!
O nosso saudoso Conceição (gente boa Deus leva cedo), forte, brincalhão, boa gente, era um dos mais queridos da turma e era NEGRO.
O Barretinho, celerepe, muito rápido, nosso recordista dos 400m, e amigo e querido de todos, Oficial super competente, é NEGRO.
O Eduardo, excelente jogador de futebol, grande piloto, um dos coordenadores da união da turma - é NEGRO.
Nunca os chamamos de negros, mas sim pelos seus nomes ou apelidos carinhosos.
Aí vieram os comunistas tomando o poder político do País, primeiro pelo Congresso, e depois, com FHC, pela presidência da República, e se disseminando por todo o Estado, e a luta de classes e de raças começou, e com a turma aliada dos petralhas está perto de chegar à guerra civil.
Hoje até temos medo de nos misturarmos, de conversar com negros, com gays ou lésbicas, pois qualquer comentário pode ser mal interpretado e gerar uma batalha judicial!
Será que não posso mais ser "irmão" do Mariozinho, do Barreto, do Edu???
QUE MORGAN FREEMAM SEJA OUVIDO POR TODO O PAÍS, E QUE VOLTEMOS A SER SIMPLESMENTE: AMIGOS E BRASILEIROS!
Mais um detalhe: todos os meus amigos negros conseguiram se realizar e alcançar sucesso na vida por seus próprios méritos e sem nenhuma cota ou ajuda extra.
Abraços
Euro
REPASSO
Uma colocação para refletir muito sobre todas essas MEDIDAS DESAGREGADORAS, INJUSTAS E DISCRIMINATÓRIAS, como dia da Mulher, Parada Gay, Consciência Negra, Cotas para isso e cotas para aquilo...
E assim os governantes vão dividindo a sociedade e gerando antagonismos que vão acabar em violência de uns contra outros...