Hoje, negócios de todos os tipos apostam nas vendas online. Os produtos variam de simples acessórios até eletrônicos.
Os empresários Paulo Ramos e Ricardo Bitar não tiveram dúvidas quando resolveram investir em um bom negócio: eles montaram uma loja virtual de eletrônicos e utilidades domésticas e vendem desde celular e pen drive até tablet e TV.
Os empresários investiram R$ 100 mil no negócio. Montaram o site e fizeram um bom estoque. Eles mantêm uma estrutura enxuta para poder vender barato: a empresa funciona em um escritório com 40 m² e seis funcionários.
As pessoas só compram pela internet se sentirem segurança. Por isso, vale fazer parcerias com empresas grandes, ter um sistema de compra garantida e principalmente um telefone do lado do computador, porque as pessoas gostam de ligar, até para saber se a empresa existe mesmo.
Feito isso, é preciso se diferenciar num mercado com milhares de concorrentes. “Um site bonito, colorido, com banner gigante, bom preço, várias promoções, um menu fácil de mexer.
Clicou produto já aparece toda a variedade que tem. Fácil de manejar e fazer a sua compra”, sugere a analista de atendimento Lívia Tognini.
A loja virtual vende mais de 500 itens, sendo que 70% são importados. Todos os dias, os empresários pesquisam os preços das grandes empresas virtuais e oferecem produtos mais baratos.
“Nós pesquisamos para ver os preços dos grandes. Aí, a gente sempre abaixa 1% ou 2%, porque se você por mais caro que os grandes, ele vai comprar no grande e como nós temos uma estrutura um pouquinho menor, conseguimos ter um preço um pouquinho menor do que os grandes para poder competir”, diz o empresário Paulo Ramos.
Os empresários chamam a atenção para uma característica dos eletrônicos: são produtos que costumam sair de linha em seis meses. É preciso vender rápido para não perder dinheiro.
“Por isso a gente fica lá, quando tem os lançamentos, já põe no site. Faz a promoção dos lançamentos. Depois, ele começa com um preço de lançamento e depois vai mudando. E tem que ver o que tem em estoque dos outros produtos que é da coleção anterior e abaixar os preços dos outros para vender e desovar o estoque”, avalia Ramos.
A empresa recebe 25 pedidos por semana. Entrega para todo o Brasil. Todo mês, eles investem R$ 3,5 mil em anúncios na internet. A ação dá resultado: as vendas cresceram 30% só no último mês.
“A internet é uma caixinha de surpresa, hoje você pode estipular uma meta e essa meta ser superada 20 vezes mais, então você atinge todo mundo, não é uma loja física que você abre de manhã e fecha à noite, ela esta 24h no ar”, afirma Bitar.
Quando decidiu montar um negócio, a empresária Dilan Borges também não teve dúvidas. Escolheu a internet. Abriu uma loja virtual de bolsas. Vantagens do negócio online: investimento baixo, custo de manutenção também baixo e facilidade de divulgação.
“É menos arriscado porque o custo é baixo de inicio e não tem como ter erro, se a pessoa gostar do seu produto ela vai comprar, você não precisa convencer o cliente a compra aquilo, como é uma loja física”, explica.
A empresária investiu R$ 7 mil para montar a fábrica de bolsas. Comprou uma máquina de corte, bancada e matéria-prima. Ela mesma cria as bolsas, terceiriza a costura e faz o acabamento com a ajuda do marido.
A empresa faz 20 modelos de bolsas. Tem de cortiça, veludo, pelúcia. Bolsa de mão, transversal, tiracolo. Até modelo coração.
O investimento foi zero na verdade. Eles alugaram a loja virtual, pagam R$ 50 por mês para usar toda a estrutura, com espaço para foto e descrição do produto. “Nós colocamos o nome da bolsa na parte de cima, as cores disponíveis para pronta entrega e o valor”, diz.
A manutenção são eles que fazem. Uma empresa enxuta não precisa nem de vendedor. A própria empresária responde os pedidos. “Eu mesmo entro em contato diretamente com a cliente via e-mail. [Bolsa] é super prático. Já vem as medidas da peça, o preço, a cor. Ela compra e recebe no conforto de sua casa.”
O negócio deu certo. Cresceu 70% no último ano. No comércio online, a empresária vende 30 bolsas por mês. Custam de R$ 40 a R$ 145 reais. As vendas pelo site e nas redes sociais o geram um faturamento de R$ 8 mil por mês.
“A gente divulga por redes sociais, por mailing que a gente tem vários contatos de e-mails de empresas e já clientes ou não e faz toda essa divulgação semanalmente de todas as peças de novidade que chegam na loja”, diz a empresária.
A estudante Gabriela Maldonado comprou duas bolsas pela internet. “Eu acho mais fácil, mais cômodo. Você estar vendo o produto em vários ângulos. Se eu realmente gostei, não tem porque eu ir até a loja”, sugere.
Para Dilan, a internet não tem limites. Hoje, a empresa tem clientes em 20 estados brasileiros, e até nos Estados Unidos. “Eu aposto firme na internet porque todo mundo hoje tem acesso. Antigamente, era o computador, hoje em dia é o notebook, e hoje em dia tem os computadores de mão. Então, a pessoa pode estar na hora de almoço, mexendo no celular, e comprando uma bolsa minha. Eu aposto que todo mundo vai ter esse acesso e eu vou vender cada vez mais.”