É do produto derretido que a indústria de doces e confeitarias se utiliza para fazer coberturas para bombons, bolos, e pães de mel de um jeito rápido e prático. O equipamento é fabricado por esta indústria em São Paulo. A empresa faz seis tipos de máquinas automatizadas para a indústria alimentícia.
O empresário João Mattos vende as máquinas para todo o país e já exportou para Argentina, Chile e Colombia. O preço é um grande atrativo: uma maquininha custa R$ 5.500.
“É um excelente negócio para uma pequena empresa, ou até mesmo pra uma grande empresa, porque... porque uma derretedeira estática, você tem que estar colocando o produto, e ficar removendo manualmente. Ao passo que essa automática, você coloca as barras ou o chocolate triturado e você já está com ele derretido”, disse Mattos.
As máquinas são montadas em uma linha de produção: recebem motor, resistência e a parte elétrica responsável pela automatização do equipamento.
Com 40 quilos e 60 centímetros de altura, a derretedeira tem capacidade para processar 30 quilos de chocolate de uma só vez.
Izolina Ito e o marido são clientes de Mattos e têm uma fábrica na Zona Leste de São Paulo. Compraram uma máquina derretedeira para fazer coberturas de chocolate para maria mole, bombom e bomba de doce de leite.
“É mais rápido, mais pratico e mais gostoso, né, porque na mão não cobre tudo e na máquina consegue cobrir inteirinho, embaixo e em cima...”, disse Izolina.
A maria mole é o carro-chefe da empresa. São produzidas duas toneladas do doce por semana, com dois tipos de cobertura: chocolate ao leite e branco.
Com a máquina, a produção de doces dobrou, e a empresa ampliou os pontos de vendas. Hoje, são 50 revendedores espalhados pela Grande São Paulo. O faturamento gira em torno de R$ 200 mil por mês.
A empresária Renata Sartori é dona de uma pequena fábrica de chocolate, em Bragança Paulista, no interior de São Paulo. Ela também investiu numa máquina derretedeira e assim consegue transformar o chocolate em peças personalizadas, para festas e clientes corporativos.
quando começou em 2005, a produção era totalmente caseira.
“Antes a gente fazia tudo manualmente, mesmo, em banho-maria e agora, super prático, a gente só coloca chocolate bruto aqui regula a temperatura ideal e a máquina bate sozinha, dá brilho, super prático.”
“A Renata investiu na máquina derretedeira quando percebeu que tinha espaço para crescer nesse mercado. A demanda já existia. Ela é que não dava conta de atender a todos os pedidos. Com o equipamento, a empresaria resolveu o problema, a produção saltou de 100 quilos de chocolate por mês para 3 toneladas e aí o negocio deslanchou.”
Além da derretedeira, Renata também comprou outras máquinas e industrializou todo o processo: ganhou mais qualidade no produto. O faturamento chega a R$ 30 mil por mês.
“A gente coloca o chocolate bruto numa ponta da linha de produção e, em cinco minutos, do outro lado, a gente pega o chocolate personalizado, todos do mesmo tamanho, com o mesmo brilho. Assim, foi uma coisa incrível. Foi a realização de um sonho.”
Com a boa aceitação da máquina derretedeira no mercado, o empresário João Mattos pensa agora em expandir a linha de produtos e aposta num crescimento de 8 % nos negócios até o fim do ano.
“E confiando nesse produto novo que nós estamos desenvolvendo, consequentemente, o crescimento vai ser seguro.”