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Com sucesso do MMA, empresários investem no esporte e lucram.
Nathalie Mikellides faz protetores bucais para lutadores.
Em SP, empresário quer abrir uma loja de acessórios por mês.
Esporte do momento no país, o MMA – antigo vale tudo – pode ser um bom negócio mesmo para quem não é de briga. Os produtos relacionados com a luta atraem cada vez mais consumidores. E um empresário de São Paulo quer vencer no mercado. Ele espera abrir uma loja por mês de acessórios do esporte, até o final do ano.
Dentro ou fora dos octógonos, os gladiadores de hoje são heróis consagrados o MMA, sigla em inglês para artes marciais mistas, é um dos esportes preferidos no país.
Está na moda. Virou paixão e impulsiona o mercado de consumo. A empresária Nathalie Mikellides faz protetores bucais para lutadores. Ela entrou no mercado há 7 anos, mas foi no ano passado com a popularização do esporte que o negócio deslanchou.
No início, a empresária investiu R$ 350 mil em pesquisa e na compra de materiais e equipamentos. “Na época que a gente abriu a empresa aqui no Brasil, os atletas desconheciam a importância e não tinham esse hábito de usar protetor bucal personalizado.”
Na empresa, os moldes em gesso das bocas dos atletas passam por um processo de acabamento em E.V.A. É isso que dá o formato ao protetor. Um material resistente capaz de absorver o impacto dos golpes durante a luta. O protetor pode ser personalizado com cores variadas, nomes ou desenhos. A criatividade fica por conta do lutador.
“A gente até brinca aqui que a sua imaginação é o nosso limite. Até onde a gente vai. E eles realmente conseguem ser bem criativos”, diz a empresária.
Ela recebe pedidos de atletas de todo país. Para atendê-los, são feitas parcerias com dentistas. São 200 profissionais ao todo. “Eles fazem a moldagem. Nos enviam esse molde, mas todo o processo é feito através da nossa empresa.”
William Schneider é um dos parceiros da empresa. No consultório em São Paulo, o dentista, tira os moldes dos atletas. O lutador Tiago Luiz Jesus encomendou o dele. “O protetor convencional, que as pessoas compram, vai numa loja, pega um protetor muito barato, muito inferior, você ferve ele, morde e é um protetor que fica incomodando (...). O personalizado você coloca ele e passa a aula inteira com ele treinando, no coletivo”.
Schneider faz cerca de 10 moldes por mês. Ele acredita que a parceria trouxe também outras vantagens. “O paciente vem até o consultório, não só como cliente do protetor bucal, mas ele também passa por um exame clínico.”
O protetor bucal mais barato custa R$ 150, alguns modelos podem chegar a R$ 350. A empresária aposta que até o fim do ano as vendas devem crescer ainda mais. “A gente está planejando realmente em dobrar as nossas vendas. Ela tem crescido mês a mês e eu acho que não vai ser diferente, não. A gente vai dobrar sim”, avalia.
E os empresários Vinícius Chelles e Fernando Loureiro também pegaram carona na popularidade do esporte. Em dezembro do ano passado inauguraram a primeira loja de produtos exclusivos para lutadores da capital paulista.
Na loja, tudo é referente ao esporte, que conquista cada vez mais o público brasileiro. Os amantes do MMA adoram o espaço, ficam bem à vontade e ainda assim, pertinho dos ídolos. Mesmo que seja por foto.
A variedade de produtos é grande. São mais de 100 itens, camisetas, bermudas, agasalhos, bonés e equipamentos de proteção, como luvas, bandagem para mãos e protetores bucais.
“Nós somos pioneiros dentro desse segmento, as pessoas entram e ficam, vivem um momento mágico dentro da loja. Mesmo quem não é praticante. Só quem é amante ou simpatizante vive um momento muito especial”, revela Loureiro.
Para montar a loja, o investimento foi de cerca de R$ 100 mil. Os empresários trabalham com produtos nacionais e importados. As camisetas são os itens mais procurados, representam 70% das vendas.
“Na verdade, a grande vitrine são os atletas. Quando aparece alguma peça, alguma camiseta, alguma bermuda, um protetor bucal. Qualquer coisa que apareça em algum atleta no dia da luta, e porventura esse atleta tem êxito na luta, ele acaba ganhando, aquele produto ele vende muito”, diz Chelles.
Guilherme Inácio é lutador e passa sempre pela loja atrás de novidades. “Como eu treino desde pequeno, já criou uma paixão”, afirma.
E MMA não é coisa só para marmanjo. Pelo movimento da loja, o esporte caiu no gosto também das mulheres. “Gosto de estar sempre interagindo com o que tem de novidade no mercado”, afirma Marta Ribeiro de Sousa, que frequenta o local.
O faturamento da loja é de R$ 70 mil por mês. Para expandir o negócio, os empresários apostaram no sistema de franquia. O investimento para abrir uma unidade parte de R$ 75 mil.
“A tendência e a ideia é que a gente abra uma loja por mês, até o final do ano. E para o ano que vem, pelo menos duas lojas por mês. Como eu te disse, por ser um mix que não existe no mercado, a gente está com uma abertura muito grande de todos os shoppings. Porque todos os shoppings querem ter esse tipo de segmento dentro do portfólio de negócios deles”, avalia Loureiro.