Decoração - Lojas atraem clientes com iluminação em neon.
Em São Paulo, um empresário desenvolve fachadas e decorações de interiores em neon para bares, lojas e restaurantes. A iluminação atrai clientes em ruas badaladas da capital.
Iluminação em neon se espalha por bares e baladas de São Paulo

Empresário desenvolve fachadas e decorações em neon.

Cores chamam a atenção de longe e valorizam a decoração.

Em São Paulo, um empresário desenvolve fachadas e decorações de interiores em neon para lojas, bares e restaurantes. A iluminação em neon atrai clientes em ruas badaladas da capital paulista.

A iluminação chama a atenção de longe. Valoriza a decoração. E deixa as fachadas muito mais atraentes. Com letras diferentes e em cores vibrantes, o neon virou mania nas ruas da capital paulista. E está em todos os lugares: em bares, lojas ou hotéis.

Usar o neon para destacar o nome do estabelecimento foi um jeito encontrado pelo comércio para não se prejudicar com a lei da cidade limpa, em São Paulo. Em vigor há 4 anos, a lei limita o tamanho dos anúncios publicitários na fachada do prédio, de acordo a área do imóvel.

Um bar na zona leste, por exemplo, apostou na instalação de uma fachada em neon. O nome vai ganhar um projeto moderno, na cor azul. “O custo muito pequeno que você tem. Você tem um efeito muito grande, contribui pra cidade limpa (...) e a noite eu tenho o efeito que eu precisava”, afirma Luis Araujo, gerente do bar.

A iluminação em neon instalada no bar foi fabricada pela empresa de Edvar Ferreira Silva. O empresário faz a decoração de interiores e também das fachadas de estabelecimentos comerciais. O negócio começou há mais de 30 anos e virou referência no mercado. Hoje, faz grandes projetos para clientes de todo o país. “A pessoa hoje quer aparecer, o mercado está tão concorrido entre lojas e lojas que a pessoa quer ser diferente da mesmice que existia”, aponta Edvar Ferreira Silva, empresário.

A produção dos neons começa no computador, com o desenvolvimento do projeto. Depois, vai para a fabricação. Os letreiros são feitos com tubos de vidro, em diferentes espessuras. O processo acontece em um laboratório.

O empresário e três funcionários manipulam metros de vidros. A uma temperatura de 350 graus, os maçaricos dão formato às letras. No laboratório, as peças passam por um processo para ganhar cores diferentes.

De cada vidrinho é retirado todo oxigênio e injetado outro tipo de gás. Quando ele reage, com os eletrodos ligados, são formadas duas cores a azul e a vermelha, as preferidas pelos clientes.

Ainda é possível criar outras 13 cores. Para isso basta que o vidro já tenha uma base colorida dentro. Cada metro linear de neon sai por R$ 25. Mas, no preço final ainda são incluídos os custos do projeto e do transformador que liga o letreiro. Um dos mais vendidos chega a custar R$ 320. O faturamento da empresa chega a R$ 20 mil por mês.

Para montar uma pequena empresa de neon, o investimento gira em torno de R$ 25 mil. O importante, segundo o empresário, é escolher profissionais capacitados. “Se você não tiver um bom vidreiro, uma iluminadora, você pode ter o melhor laboratório do mundo, que o seu serviço não sai bem como tem que ser feito, com mão de obra especializada”, diz Ferreira Silva.

Em um bar, a iluminação está nos letreiros e nos desenhos. O neon está por toda parte: das paredes ao teto. Tudo para deixar o ambiente mais colorido. Um jeito que a casa encontrou para valorizar a decoração.

E mais: todas as peças também estão à venda. Quem quiser comprar, gasta na faixa de R$ 1,5 mil. Um valor alto, mas que paga o luxo de ter um exclusivo desenho em neon.

Para os clientes, a iluminação diferenciada dá um toque especial ao ambiente. “As pessoas ficavam intrigadas porque passavam na frente, paravam, e olhavam, é um bar, uma galeria? Na verdade são as duas coisas. É um bar que você pode vir comer, tomar um drink e as peças e os neons que estão na parede estão todas à venda”, diz Fábio Dias, gerente do bar.
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