Negócio de buffet - Empresário cria universidade para qualificar mão de obra para buffets.
Ele é dono, ainda, de uma rede que faz festar durante toda a semana.
Empresário cria universidade para qualificar mão de obra para buffets.
Marcelo Golfieri também montou uma fábrica de brinquedos.
Ele é dono, ainda, de uma rede que faz festar durante toda a semana.
A falta de mão de obra qualificada no setor de festas infantis levou o empresário paulista Marcelo Golfieri a criar a universidade da diversão. Além de formar profissionais, ele montou uma fábrica de brinquedos para buffets.
Golfieri montou o primeiro negócio no mercado de buffets infantis há 20 anos. Hoje, ele é dono de uma rede que faz festas durante toda a semana. O faturamento chega a quase R$ 7 milhões por ano.
Foi dentro do segmento de festas infantis que ele agregou valor ao negócio. O empresário criou a universidade da diversão para qualificar mão de obra para o setor e montou uma fábrica de brinquedos para crianças.
Golfieri investiu em maquinário para fabricar brinquedos há 4 anos e meio. Hoje a empresa tem 30 funcionários. Aqui, na oficina do empresário, são fabricados 16 tipos diferentes de brinquedos para buffets infantis, restaurantes e escolas. “A pessoa traz a idéia dela para cá, traz de repente a planta do local onde ela pretende colocar os equipamentos e a gente faz todas as distribuições desses equipamentos”, afirma o empresário.
Ele acompanha de perto todo o processo de fabricação. O cuidado com cada detalhe é fundamental. Os funcionários cortam a chapa metálica, furam e soldam. Depois, é feito o ajuste dos parafusos. Para dar o acabamento nas peças, é usada fibra de vidro.
As placas são pintadas de acordo com o projeto do desenho. Depois de pronto, tudo é checado para garantir a segurança do brinquedo.
“A profissionalização desse segmento exigiu que a gente começasse a se adequar as normas da ABNT que entraram em vigor agora em março desse ano. Então os diferenciais que a gente tem são justamente a robustez no brinquedo, a qualidade, a beleza”, revela o empresário.
A empresa produz, em média, 20 brinquedos por mês. Os preços podem chegar até R$ 50 mil, como um modelo conhecido como La Bamba.
E o empresário Marcelo Golfieri enxergou outra oportunidade de negócio. Ele criou há dois anos uma universidade da diversão que ensina como montar um buffet infantil. A universidade oferece palestras, cursos e treinamentos.
“A universidade veio justamente da demanda de vários clientes, que são clientes do Buffet. Procuraram como uma oportunidade de montar o seu próprio negócio. Investir nesse próprio mercado.”
O empresário trabalha com o coordenador pedagógico Hubert Krause, especialista em entretenimento e recreação. Aqui, ele mostra aos alunos como funciona o negócio.
“A teoria mostra para esse futuro proprietário dizer o que pessoas já erraram no passado, para que ele não erre agora, então ele ganha tempo e a prática diz até mesmo a ponto de quais são as tendências, o que os clientes esperam”, diz Krause.
O curso tem duração de cinco dias e inclui aulas teóricas que discutem o projeto de instalação, a viabilidade e o gerenciamento.
Os alunos também recebem orientações gastronômicas. Na cozinha, uma nutricionista explica passo a passo os cuidados com a higiene e a manipulação dos alimentos. “Quanto mais nós proprietários pudermos aprender e ter essa noção dessa limpeza, da higiene, do ambiente da alimentação que vai para os nossos clientes, e que eles sejam muito bem recebidos”, diz o aluno Luiz Carlos Novaes.
O custo para montar um buffet varia entre R$ 700 e R$ 1 mil o metro quadrado. Só a cidade de São Paulo tem quase 900 estabelecimentos. Segundo a associação de empresas de buffet infantil, no primeiro semestre o mercado teve alta de 3,5%.
Na universidade, os futuros empresários aprendem também na prática o que faz diferença na hora de atrair clientes para o buffet. Instalar brinquedos atrativos com muito colorido, luzes e que tenham movimento é uma estratégia que funciona.
A empresária Sônia Luz Rodriguez fez o curso da universidade da diversão. Ela investiu R$ 600 mil para montar o buffet na zona norte de São Paulo. Em um ano e meio de funcionamento, ela já comemora os bons resultados.
“Eu aprendi no curso que poderia trabalhar com meus funcionários fixos, que seriam três ou quatro, pelo tamanho do meu buffet, e com alguns free-lancers, como era o caso de copeiros, garçons, cozinheira, segurança e com isso diminuiria meus custos”, diz a empresária Sônia Luz Rodriguez.
E para quem pensa em entrar no segmento, a boa notícia é que o mercado ainda tem um bom potencial de crescimento. “Um buffet infantil em plena capacidade, ele vai fazer de 30 a 40 festas por mês. Se a gente pegar um bairro, uma cidade, e analisar o público potencial que existe para a procura de festas, é muito maior do que efetivamente os buffets oferecem, em termos de data”, diz Golfieri.