Produtos de 1,99 - Mercado de produtos de R$ 1,99 está entre tendências para 2011.
O setor de produtos populares cresce de 8% a 10% ao ano.
Mercado de produtos de R$ 1,99 está entre tendências para 2011.
O setor de produtos populares cresce de 8% a 10% ao ano.
Existem hoje no país 35 mil lojas de R$ 1,99 cadastradas.
O mercado de produtos populares está entre as tendências de um bom negócio para 2011. Com o aumento do poder de compra da classe C, as empresas do segmento de R$ 1,99, além de oferecer preços baratos, também melhoram a qualidade dos produtos.
O setor de produtos populares cresce de 8% a 10% ao ano. Existem hoje no país 35 mil lojas de R$ 1,99 cadastradas. O faturamento de cada uma delas, em média, é de R$ 10 mil. E o gasto do consumidor é em torno de dez reais.
E para atender o mercado de R$ 1,99, os irmãos Ivo e Sérgio Rodrigues são sócios em uma fábrica que trabalha 24 horas por dia na produção de utensílios domésticos de plástico.
A empresa está no mercado há 30 anos, mas só há 10 anos a linha de artigos baratos conquistou os consumidores. Foi quando os empresários investiram R$ 500 mil em máquinas de usinagem.
“Nós fazemos o projeto de qualquer tipo de produto para que ele caiba dentro do custo de R$ 1,99. Então nós fazemos o projeto dentro do computador, reduzindo peso, dando melhor distribuição do produto de modo que na máquina final, no processo final, esse custo seja reduzido”, diz Ivo Rodrigues.
Variedade
Os moldes prontos seguem para as máquinas injetoras onde cada produto ganha forma. A matéria-prima é um plástico granulado incolor ou em cores diversas.
O grande diferencial hoje está no design. As empresas hoje partiram para estilizar cada produto (...) tornando-o quase que exclusivo"Sérgio Rodrigues, empresárioSão consumidas 80 toneladas de plástico por mês para a fabricação de 750 mil produtos. Como os itens são baratos, a margem de lucro dos fabricantes, por unidade, é pequena. Cerca de 10%. A empresa ganha mesmo é na quantidade vendida. Por isso, nesse mercado é preciso oferecer qualidade e artigos bem variados.
Entre as opções estão porta-filtros para café, copos medidores, dosadores para tempero e fôrmas para picolés.
“O grande diferencial hoje está no design. As empresas hoje partiram para estilizar cada produto trazendo para o consumidor um produto de qualidade superior com design diferenciado tornando o produto quase que exclusivo”, diz Sérgio Rodrigues.
Os artigos de R$ 1,99 são os mais vendidos e representam 70% do faturamento da empresa.
“Temos uma expectativa para este ano de um crescimento 8% a 10%. Isso em função da busca de novos mercados, abertura de novos clientes. Isso faz com que a gente tenha certeza de alcançar esse objetivo”, afirma Sérgio.
Produtos nas prateleiras
Os produtos fabricados pelos empresários lotam as prateleiras da loja da comerciante Marilene Ciardi e do sócio José Carlos da Silva. Há 6 anos, ambos compram os artigos e revendem no varejo.
“Eu creio que o plástico gire em torno de uns 15%, 20% na loja. Plástico em geral. De toda a linha. De lavanderia a banheiro e a cozinha”, diz Marilene.
A loja tem mais de 20 mil itens, dos quais 70% são vendidos a R$ 1,99. O consumidor encontra jarras, colheres, potes de plástico e porta-lanches coloridos. São 1,8 mil clientes por dia, em média.
“São produtos bons que dá para a gente comprar. É fácil para você usar e para presentear”, diz Neide Boragina, cliente da loja.
Sociedade
Os sócios são donos de mais quatro lojas na Grande São Paulo. Todas vendem produtos populares. Este ano, os empresários esperam um crescimento de 12% nas vendas
“Todos os meses a gente tenta colocar uns quatro, cinco produtos de um produto melhor, com preço menor. Aí gira a quantidade mais rápido”, afirma Marilene.
Para montar uma loja de R$ 1,99, o investimento mínimo é de R$ 30 mil. O valor é para estoque de mercadorias e aluguel. Segundo o diretor da Feira 1 a 99, Eduardo Todres, o setor movimenta R$ 9 bilhões por ano no Brasil.
“Existem lojas que faturam R$ 200 mil, R$ 300 mil, R$ 400 mil por mês. Isto depende de quê? Da área de exposição dos produtos”, diz Todres. “Eu costumo dizer que esse é um tipo de empresa dos pequenos preços e grandes negócios. O volume é muito importante porque a rentabilidade por cada peça que for comercializada é pequena. Então o resultado final (...) vai depender muito desse giro e do volume que for comercializado no ponto de venda”, afirma o diretor.