Estruturas metálicas - Pequenas empresas pegam carona no crescimento da construção civil.
A oportunidade é boa para quem projeta e fabrica estruturas metálicas, por exemplo. O investimento para montar a fábrica é de R$ 150 mil.
Pequenas empresas pegam carona no crescimento da construção civil.
A oportunidade é boa para quem projeta e fabrica estruturas metálicas, por exemplo. O investimento para montar a fábrica é de R$ 150 mil.
O crescimento da construção civil: com novo fôlego no setor, aumentam também as oportunidades de negócios para pequenas empresas. É o caso de quem projeta e fabrica estruturas metálicas para o mercado.
O empresário Marcos Diez pegou carona no bom momento da construção civil. Ele fabrica estruturas metálicas, que substituem o concreto na construção ou reforma de imóveis. A fábrica dele faturou 50% mais no último ano.
“Com certeza, aqueceu muito o mercado e a gente tem sido muito procurado. O pessoal está querendo aproveitar esse ‘boom’ da construção e a gente tem oferecido soluções muito interessantes”, conta Marcos Diez.
As estruturas, feitas de aço, são pré-montadas em uma fábrica. O empresário compra as barras inteiras. Lá, elas são cortadas, furadas e soldadas.
O investimento para montar uma fábrica de estruturas metálicas é de R$ 150 mil. É preciso alugar um galpão de pelo menos 500 metros quadrados. E também comprar uma ponte rolante para transportar as barras de aço.
O empresário tem uma lista de 50 empreiteiros, que contrata conforme o volume de trabalho. Assim, não há custo fixo com funcionários, porque o mercado é sazonal. Para ele, o que mais conta para conquistar clientes é o cumprimento do prazo.
“A gente brinca que toda obra só tem uma data. É a data que começa, e nunca tem a data que termina. A estrutura metálica é uma estrutura mais simples, com menos itens do que uma estrutura de concreto. E a gente consegue se aproximar muito dos prazos previstos no planejamento”, explica o empresário.
A empresa faz 150 obras por ano. O preço cobrado é de R$ 400 o metro quadrado.
As estruturas metálicas caem como uma luva em cidades com pouco terreno disponível para construir. É o caso de São Paulo, onde elas são uma boa alternativa para aproveitar melhor o mesmo terreno.
Em uma obra, o dono quer construir mais um andar, mas a fundação é antiga e não suporta muito peso. Lá, entra a vantagem da estrutura metálica. Como são barras feitas de aço de altíssima resistência, não é preciso usar muito material e, no final das contas, a obra sai bem mais leve: 1/5 do peso da estrutura de concreto tradicional.
E a estrutura de aço tem mais um diferencial: a rapidez na instalação. Em um local será construído um restaurante. E, quanto mais cedo o negócio abrir, melhor.
“Com certeza, esse proprietário vai inaugurar o restaurante dele uns quatro ou cinco meses antes do que se ele tivesse optado pelo concreto. E aí vem todo o faturamento e tudo mais”, afirma Marcos Diez.
Um empresário também vive o aquecimento da construção civil. Odair Libanor fabrica estruturas metálicas desde 1986. Atualmente, ele consome mais de 300 toneladas de aço por ano.
“Nós fazemos escadas metálicas, mezaninos, residências, prédios metálicos e até pontes”, conta o empresário.
Manuel Cunha é cliente de Odair Libanor. Ele comprou um galpão para montar um centro de distribuição de materiais para a construção civil.
“Nós compramos um galpão de três mil metros. A nossa necessidade seria seis mil, sete mil metros. E como a gente ia fazer tudo isso em tempo? Em aço seria a solução para nós, o mais rápido”, diz o cliente.
O trabalho é feito com a ajuda de um guindaste. Lentamente, ele ergue barras de aço de até 12,5 metros e 400 quilos.
“Nós instalamos algumas peças na estrutura existente, de maneira que nós viemos com a estrutura pronta e montamos como se fosse um brinquedo de armar”, explica Odair Libanor.
Toda essa facilidade traz a agilidade, tão importante para os negócios no mundo moderno. Embora a estrutura de aço seja 30% mais cara que o concreto tradicional, na ponta do lápis essa diferença desaparece. A obra sai na metade do tempo e o negócio se torna lucrativo.
“Porque eu já estou faturando dois ou três meses antes, se eu fizesse convencional. E chega o preço a lhe empatar e eu ganho dois meses antes, faturando”, afirma Manuel Cunha.
“Se você olhar outros países do mundo, principalmente os desenvolvidos, você vai ver que a maioria das construções é metálica. Então, o Brasil não tem porque não acompanhar esse mercado. Eu, sem dúvida, aposto na estrutura metálica, e tenho certeza que vai ser o futuro”, opina Odair Libanor.