Negócio com exploração de petróleo - Fornecedores de produtos para exploração de petróleo buscam clientes no exterior.
Um projeto já levou empresários do Rio de Janeiro para 12 países. Eles vão com idéias e voltam cheios de encomendas.
Fornecedores de produtos para exploração de petróleo buscam clientes no exterior.
Um projeto já levou empresários do Rio de Janeiro para 12 países. Eles vão com idéias e voltam cheios de encomendas.
Fornecedores de produtos para a exportação de petróleo buscam clientes no exterior. Um projeto já levou empresários do Rio de Janeiro para 12 países. Eles vão com ideias e voltam cheios de encomendas.
“O dinheiro está no fundo do mar”. É o que dizem os empresários do Rio de Janeiro que produzem equipamentos e peças para a exploração de petróleo. O desafio é criar novidades para clientes do mundo todo. Por isso, o Sebrae criou o Prointer.
“É o Programa de Internacionalização da Cadeia Produtiva de Petróleo e Gás. O nosso objetivo é inserir a cadeia produtiva no mercado internacional”, esclarece Miriam Ferraz, do Sebrae-RJ.
Um dos participantes do projeto é o engenheiro mecânico Melquisedec Santos. A empresa dele produz robôs móveis para a inspeção de equipamentos. Um deles é usado no interior de tubulações. Ele procura defeitos e objetos esquecidos pelos operários durante a construção dos dutos. O trabalho do robô evita acidentes futuros.
“O que pode acontecer é danificar equipamentos que têm alto valor, como uma bomba, por exemplo, que tem um custo altamente elevado. Além do custo da bomba, tem também o custo de tempo que a planta precisaria ficar parada para vocês poder reparar um defeito ocasionado por um capacete esquecido na tubulação”, afirmou Melquisedec Santos.
O robô tem 300 metros de cabo para se deslocar no interior das tubulações. Ele leva uma câmera que envia imagens para a base da operação. O robô é usado por petroquímicas. A empresa não vende o equipamento, só presta o serviço. E a meta conquistar 25% do mercado nacional.
“O serviço é de alto valor agregado. E o equipamento, a operação dele é bem minuciosa. Exige detalhes aí que realmente o desenvolvedor é quem consegue dar a garantia, a confiabilidade da operação”, disse Melquisedec Santos.
Outra novidade é o robô para inspeção de riser, um tipo de tubulação que leva petróleo e gás do poço até a plataforma.
“Nós estamos acoplando agora um equipamento de ensaio não-destrutivo que será um raio-x, para verificar defeitos na estrutura, como corrosão, como trinca”, contou Melquisedec Santos.
O equipamento não está pronto. Ele ainda vai ser testado num tanque oceânico. A meta é colocar o robô no mercado daqui a um ano. A invenção deve aumentar o faturamento da empresa em 1000%.
O aparelho de raios-x acoplado ao robô é feito por uma empresa francesa. A parceria nasceu durante uma missão internacional do projeto. O Sebrae analisou os 120 melhores mercados para as companhias brasileiras e ensinou a lidar com a burocracia das negociações no exterior.
"Como fazer contratos internacionais, como formar seu preço, como ter uma logística apropriada, como fazer toda a documentação pertinente a um processo de exportação e de importação", declarou Miriam Ferraz.
Os empresários vão para as viagens com uma agenda montada, que inclui reuniões de negócios e visita a feiras.
“Ante as empresas estrangeiras, francesas, norueguesas, espanholas, nós percebemos a importância que tem nossos equipamentos. Nós sabemos que são importantes, mas a gente vê o valor que as pessoas fora do Brasil dão para esse tipo de tecnologia. E reconhecem também a capacidade nossa de inovar, de gerar soluções totalmente diferentes”, completou Melquisedec Santos.
Cento e dez empresas do Rio de Janeiro participam do projeto. E o Sebrae já realizou 12 missões internacionais. O futuro é promissor para as companhias brasileiras.
"Em um ano, nós ampliamos o volume das exportações das empresas participantes do projeto em 160%. E a nossa expectativa para os próximos três anos é que gerem um volume de negócios na ordem de US$ 380 milhões", finalizou Miriam Ferraz.