Mercado de jóias - Noivos produzem as próprias alianças em ateliê diferente.
O “Dia da Aliança” é uma oficina exclusiva para casais organizada por uma escola de joalheria.
Noivos produzem as próprias alianças em ateliê diferente.

O “Dia da Aliança” é uma oficina exclusiva para casais organizada por uma escola de joalheria.

Empresa de São Paulo cria a aliança personalizada. Agora, são os noivos que produzem o próprio anel do matrimônio. O “Dia da Aliança” é uma oficina exclusiva para casais organizada por uma escola de joalheria. O negócio é lucrativo e já garante parte do faturamento do ateliê.


Aliança encaixada numa pedra, bracelete de prata, joias de longe sobre o arroz, colar de longe numa pedra, várias alianças, empresários vendo peças, conversando. Os empresários Flávio Franco e Barbara Guth inovam no concorrido mercado de joias.


Champanhe, frutas, doces, casal sendo recebido, champanhe sendo servido, beijo do casal, conversando. Os noivos Bianca e Arthur vieram fazer a aliança que vão trocar no dia do casamento.


No ateliê, eles são recebidos com frutas, doces e champagne. “Já via as joias deles, são incríveis então vim aqui com a expectativa de sair daqui com uma jóia muito bacana, confeccionada por mim e pelo meu noivo”, conta a cliente Bianca Szucko.


Imagens do site para criar o “Dia da Aliança”, os empresários investiram R$ 20 mil: reformaram o espaço do ateliê e divulgaram a ideia em jornais, internet e eventos. A proposta é que o casal confeccione a própria aliança e que este dia seja romântico, único e exclusivo.


“Como isso não existe e nós criamos isso, então é único, poder num momento que é tão especial pra um casal colocar a mão na massa e fazer, algo que acho que vai ficar pro resto da vida deles, guardado assim na memória”, revela a empresária Barbara Guth.

A cerimônia é cheia de símbolos. Para energizar a união, os noivos escrevem os votos de casamento num papel que será queimado junto com os metais da aliança.


Tudo é derretido a 900 graus. E vira uma bola de fogo! A mistura se transforma neste lingote que depois de esfriar é laminado e moldado.


Os noivos ficam, em média, quatro horas na oficina para terminar a joia. O serviço custa R$ 4,5 mil e inclui o par de alianças com um diamante.


“É muito bacana a experiência porque agora a cada vez que a gente olha no dedo lembra do outro e essa experiência de passar todos os sentimentos pro papel e depois passar pra nossa aliança e saber que está tudo aqui e que o casamento quando vier vai ter todas as energias boas”, conta a cliente Bianca.


“É uma aliança que eu fiz, não é aquela coisa comprada que veio pra mim. eu participei, eu to dentro da aliança, parece, agora é uma coisa mais, que nos uniu muito mais”, diz o cliente Arthur Coelho.


A ideia de fazer joias personalizadas atrai outros tipos de clientes.


“A gente está tendo muita procura também de casais que estão fazendo bodas de ouro, pessoas também, ai minha filha vai fazer três aninhos eu queria fazer uma jóia especial pra ela eu posso eu mesma fazer? “, diz Bárbara.


Ferramentas, alicates, tudo sobre a bancada. Uma gargantilha pronta, várias alianças no arroz, anéis no arroz, várias peças sobre o arroz.


No ateliê os empresários também oferecem cursos de joalheiro. Cada módulo do curso, com 72 horas, custa R$ 3 mil. a escola recebe 40 alunos por mês. A maioria vem aqui para montar o próprio negócio. E entrar no concorrido mercado do luxo!


Uma oficina de jóias é exatamente isto aqui: um pequeno negócio de baixo investimento. Essa bancada aí custa R$ 3 mil. Muita gente começa assim, em casa, num cantinho, e depois vai ampliando. Aqui se tem tudo que se precisa pra produzir jóias, como que funciona essa pequena empresa?


“Sim, aqui eu teria uma mini oficina. É uma mesa de bancada, ela ta trabalhando com um motor que serve pra acabamento, pra fazer furos, etc. eu tenho aqui um tribulé, pra fazer acabamento, ela ta iluminada, tem um maçarico. seria assim uma oficina pra poder desenvolver uma infinidade de jóias”, diz Flavio.


Prata, ouro, cobre, paládio. Depois tudo junto. Duas alianças. Os empresários garantem: o segmento de joalheria oferece ótima margem de lucro e retorno rápido.

Eles fornecem os metais já laminados e com 180 reais é possível comprar 100 gramas de prata laminada. Isso dá para fazer 20 anéis de cinco gramas, vendidos a R$ 50 cada.
“Jóia se vende fácil. Nas artes plásticas eu sempre comento. Um escultor, um pintor vai demorar aí uns dois, três anos desenvolvendo um trabalho pra conseguir vender uma primeira tela. na joalheria isso é muito mais imediato, porque você está trabalhando com coisas com menor volume e custo mais barato e sempre vai ter um conhecido querendo adquirir”, diz Flavio.
Pessoas trabalhando no ateliê, aluna monta um pingente com pedras.


Aluna monta o pingente. A aluna Mariana Abud já participou de dois módulos do curso. Hoje, ela ganha dinheiro com as jóias que fabrica.


“Inicialmente eu vim pra conhecer e acabou virando uma profissão, eu montei um ateliê em casa, num espaço pequeno, e as pessoas começaram a se interessar pelo meu trabalho, amigas, colegas de trabalho e comecei a vender”, diz Mariana.


Outras alunas se conheceram no curso e se tornaram sócias.


“As pessoas justamente por estarem querendo coisas diferentes, artísticas e quem está dentro desse mercado de luxo, que é um mercado que está crescendo bastante, paga o preço que for pra ter uma peça exclusiva”, comenta a empresária Sabrina Antonelli.


Para montar o negócio, as empresárias investiram R$ 50 mil. Elas já participam de feiras internacionais e apostam na mistura de materiais, como um colar de conchas ou uma pulseira de couro de tilápia.


“Tem bastante concorrência e a gente tem que se diferenciar na criatividade, fazendo peças únicas, exclusivas e trazendo a idéia do consumidor, transformando um sonho dele, um desejo numa peça”, diz a empresária Andressa Diniz.


“O mercado de jóias é um mercado que está em grande expansão, ele está crescendo. (corte) no universo do Brasil, em si, é um mercado que está em ascendência e fora, fora do Brasil, o joalheiro brasileiro tem uma grande procura”, conta o empresário Flavio Franco.

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