Mercado de metalurgia - Mulher se destaca no comando de empresa no setor metalúrgico.
A indústria metalúrgica sempre teve predominância masculina. E neste ambiente de trabalho era difícil encontrar uma mulher.
Mulher se destaca no comando de empresa no setor metalúrgico.
A indústria metalúrgica sempre teve predominância masculina. E neste ambiente de trabalho era difícil encontrar uma mulher.
O mercado de metalurgia sempre foi dominado pelos homens. Mas, na grande São Paulo, uma mulher se destaca no comando de uma empresa do setor. Ela prova que o empreendedorismo feminino está cada vez mais forte e presente nos mais diferentes segmentos.
A indústria metalúrgica sempre teve predominância masculina. E neste ambiente de trabalho era difícil encontrar uma mulher.
Na empresa existe sujeira, óleo, trabalho pesado. Mas numa fábrica de homens, a gente encontra no meio deles, olha só: uma mulher. Ela é até cinhecida de mulher metalúrgica. É a empresária Sandra Prado, que comanda esta empresa há 26 anos e prova que esta história de sexo frágil é conversa fiada.
Sandra montou esta fábrica de galvanização. O trabalho dela é folhear peças de aço, latão e alumínio, com prata e cobre. O banho protege parafusos e porcas e aumenta a vida útil dessas peças.
“A galvanização consiste em você depositar um metal com características mais nobres sobre um metal menos nobre pra alterar as suas características iniciais. você melhora a proteção contra a corrosão. Aumenta a capacidade de condução elétrica, térmica,” diz a empresária Sandra Prado.
Mais da metade dos novos negócios no Brasil são administrados por mulheres. É o que revela um estudo do Sebrae e do Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade. O Brasil tem quase oito milhões de empreendedoras.
Sandra abriu o negócio quando ainda cursava a faculdade, aos 24 anos. Ela vendeu carro, juntou as economias, e montou a empresa. Investimento inicial: R$ 30 mil em tanques de banho e retificadores elétricos. No início, Sandra virava noites na fábrica.
Mesmo assim, o negócio enfrentou crises. Por duas vezes, quase fechou as portas. Mas a empresária foi em frente.
“Isso já virou uma característica forte minha: desistir jamais. Realmente não faz parte do meu vocabulário”, diz Sandra.
A determinação deu resultado. A empresa cresceu. Hoje, a fábrica está avaliada em R$ 1,5 milhão, só em equipamentos.
Para Sandra, a parte mais difícil é lidar com as emoções. Ela se envolve com os funcionários como se fossem da família.
“Se o funcionário chega aqui e fala que o filho está internado a gente quer saber aonde, se está sendo bem assistido. Ai vem a mãe mesmo aflora e não tem jeito”, diz ela.
“Excelente empresária. Vamos dizer, entre aspas, uma mãe. ela acolhe a todos.
sempre preocupada com o bem-estar dos funcionários. Acho que uma coisa que a empresa de hoje em dia se preocupa muito em treinar o seu funcionário. Aperfeiçoar os seus conhecimentos. E isso a gente tem aqui. E isso é importante”, revela Ronaldo Crippa, responsável pela expedição.
Para administrar a fábrica, Sandra colocou no comando 12 mulheres. Os 40 funcionários da empresa são dirigidos por elas que ocupam cargos de gerente e supervisora.
“Tem alguns que confundem a educação da gente com sei lá, da moleza. Mas faz parte. tem hora que a gente tem que ser bem mais firme. Tem que usar de, vamos dizer assim, da própria posição pra pessoa ficar de pé no chão e acreditar no que está fazendo”, diz a supervisora de qualidade, Cláudia Infante.
Para o operador de máquina Juarez Pereira, o diálogo é maior com a supervisão feminina. Mas a experiência é uma novidade. “Geralmente nem todas as fábricas tem mulher no comando. Geralmente é um homem e você tem que aprende a convive com isso”, diz Juarez.
Mas, com determinação e profissionalismo, a empresária conquistou respeito no mercado. Que o diga o pai de Sandra.
“É de desafio viu? Por aguentar uma firma com essas situações econômicas que ocorrem, precisa ter cabeça e coragem. Então eu tenho muito orgulho disso”, diz o pai da empresária, Arnaldo Leite Prado.
A empresária fatura R$ 300 mil por mês. Só no último ano, a fábrica cresceu 60%. Hoje beneficia 10 mil peças por mês, para 150 clientes, como Reinaldo Bueno. Ele galvaniza este terminal de contato que fica na parte interna do painel dos veículos. Reinaldo trabalha com Sandra há 16 anos.
“A eficiência é a mesma, igual ao homem, mas ela se supera no atendimento e no final o serviço fica muito melhor”, diz o cliente Reinaldo Bueno.
“Os nossos planos aqui são nos tornarmos uma empresa excelente nesse segmento. Não é uma boa empresa, mas uma empresa excelente nesse segmento. Como referência mesmo”, diz Sandra.