Pequenos empresários investem em produtos ecológicos para aumentar vendas.

O investimento em sustentabilidade gera bons resultados para pequenos empresários. Eles apostam em soluções ecológicas para produtos de todos os tipos.

Na empresa da empresária Mari Garcia, o papel reciclado vira pastas, crachás e bloquinhos de anotações. Para ser mais competitiva no setor, ela trocou o papel de reflorestamento que usava pelo reciclado.


“Eu já trabalhava nesse mercado, já tinha uma clientela e eu vi esse nicho de mercado, esse lado do papel reciclado que ainda não estava sendo muito explorado”, explica.


A empresária investiu R$ 150 mil em estoque de matéria prima e na compra de máquinas, e ferramentas de corte. Uma das máquinas corta e vinca o papel. De lá, saem 40 modelos diferentes de pastas.


“Existem eventos em que o cliente precisa de uma pasta maior. Em outros eventos, ele precisa de uma pasta menor. Então, a gente tem que ter vários modelinhos para que o cliente possa escolher o mais adequado para o evento do momento”, diz a empresária.

O cliente pode pedir a personalização do material. A impressão do logotipo é feita em uma mesa. Em seguida vem a secagem e a finalização. Em uma sala, todo material é montado.



Os blocos de anotações ganham parafusos de plástico e as pastas recebem elásticos conforme a escolha do cliente. Por mês, são produzidas 15 mil pastas em papel reciclado, o que representa 95% das vendas da empresa.




Para começar um negócio como o dela, o investimento é de R$ 80 mil. Os preços das pastas variam de R$ 2 a R$ 7. Por mês, a empresária fatura R$ 50 mil.


“Para que eu me torne competitiva, eu tenho que ter uma carteira muito grande de clientes. Preciso formar uma carteira muito grande, ter muita qualidade e ter preço”, avisa.




Viviane Zunckeller é cliente da empresária e trabalha com produção de eventos. Há três anos, ela optou pelos materiais de papel reciclado e compra, em média, 10 mil pastas por ano.


“O produto está bonito, barato, é reciclado, reutilizado. Ele é politicamente correto, é bom economicamente para o cliente. Tem sido um sucesso”, garante Viviane.




“A gente está tendo uma preocupação com o meio ambiente, com preservação de natureza. Então, a coisa está mudando, e por conta disso, o meu material é muito bem aceito”, afirma Mari.


Copo ecológico




Um copo ecológico é feito de papel, fácil de usar, e quando descartado não deixa resíduos tóxicos na natureza. O produto se degrada em até 18 meses.


“A vantagem de adquirir o nosso ‘e-copo’ é ter menos volume de lixo gerado. Além disso, ele é econômico porque é mais barato que o plástico e totalmente ecológico”, diz o gerente da empresa Stephano Shin.




Feito de papel de fibra vegetal, o copo ecológico é impermeabilizado na parte de dentro, com uma fina película de polietileno. Uma máquina corta, dobra e sela o papel, e ainda imprime o logotipo do cliente.


“É uma forma simples e barata de divulgar a empresa e pode dar como brinde também”, avisa o gerente.




Para desenvolver e fabricar o copo de papel, a empresa investiu R$ 400 mil. O dinheiro foi usado em testes e na compra de matéria prima e de duas máquinas para a produção.


A empresa produz 60 mil copos ecológicos por mês e aposta em uma boa estratégia de divulgação para aumentar as vendas.




“Nós estamos divulgando através da internet, via e-mail e visita aos clientes. É uma novidade no mercado brasileiro, então, todo mundo vê e acha muito interessante”, assegura.


Alem de ecológico, ele é mais barato que alguns similares de plástico. Uma caixa com quatro mil copos custa R$ 52. Cada copinho sai por menos de R$ 0,02.




A caixa do produto é feita com um imã, para ser fixada no bebedouro. O conjunto ocupa pouco espaço e o tamanho do copo de papel foi desenvolvido para evitar desperdícios.


“O tamanho dele é tamanho único, 65 ml, então, você não tem desperdício de água, você toma só necessário”, garante Stephano.


Uma loja trocou os copos de plástico pelos de papel. Além de ser econômico, o produto associa a imagem da empresa à preservação do meio ambiente, e ganha pontos com o consumidor.

“Melhora sim a imagem da empresa, com esses consumidores de hoje antenados com a ecologia”, garante a gerente da loja Simone Kim.


“É muito correto ecologicamente porque ajuda a preservar a natureza. Se todos pensassem dessa forma, o mundo seria outro”, aposta a cliente Ellen Christina.