Empreendedorismo - Pela primeira vez, o percentual de mulheres empreendedoras supera o de homens.
Investir em negócios voltados para o próprio público feminino é um dos segredos para o sucesso das empreendedoras.
Pela primeira vez, o percentual de mulheres empreendedoras supera o de homens.

Investir em negócios voltados para o próprio público feminino é um dos segredos para o sucesso das empreendedoras.

Mulheres cada vez mais empreendedoras comandam negócios voltados ao público feminino. Uma rede de franquia de estética cresceu tanto que já possui mais de 40 unidades em todo o Brasil.

Em uma clínica de estética, quem dá as cartas são elas. 95% das pessoas que entram ou trabalham aqui, são mulheres. uma característica essencial para este negócio.

“Porque a mulher ela tem uma sensibilidade, ela é vaidosa e detalhista. então é uma coisa que trás um bem estar pra cliente e qual a mulher que não gosta de se cuidar,” afirma Rosana Alencar de Britto, consultora de estética.

A empresa começou há 29 anos, nas mãos da empreendedora Edna Onodera. Ela montou uma pequena clínica de massagens nos fundos da academia do marido.

“Na verdade era academia de judô. Ai de judô eu fui aumentando, fui quebrando e a cada mês era uma reforma, cada mês eu fazia uma coisa, aumentava um pedaço e aí foi crescendo”, conta a empresária.

Hoje o negócio é uma rede de 53 franquias em doze estados brasileiros. Quem comanda o grupo, claro, é mais uma mulher: a franqueadora Lucy Onodera, filha de Edna.

Duas vezes por ano, Lucy participa de feiras no exterior, ela descobre novos tratamentos e aparelhos. São equipamentos caros, com tecnologia a lazer, ultrassom e radiofrequência. Eles tratam de celulite, estrias e flacidez, que tanto incomodam as mulheres.

Por isso, a franqueadora Lucy lança duas vezes por ano, um novo tratamento. E, também, aumenta a receita com a venda de cosméticos e chás que ela desenvolve.

“Nós temos uma equipe técnica que avalia os melhores princípios ativos, o que tem no mercado, o que está dando mais resultado e terceiriza essa fabricação com uma empresa que fabrica tanto os cosméticos quanto os alimentos e manda produzir de acordo com a nossa necessidade”, diz Lucy.

Para abrir uma franquia de estética, o preço médio é de R$ 320 mil. O dinheiro é para reformar o espaço, comprar equipamentos e capital de giro. A estratégia da empresa é adequar o serviço ao bolso de cada cliente.

Para muitas mulheres, estética hoje é quase uma necessidade. Elas querem ficar bonitas, mesmo com o orçamento apertado. A empresa sabe disso e amplia o leque de clientes. O segredo: é oferecer beleza em parcelas, 70% das pacientes compram em até oito vezes.

A empresa atende clientes das classes A, B e C. o preço médio de um tratamento é de R$ 1.200. Um programa com 20 sessões, que mantém o cliente na clínica por muito tempo.

“Dá pra entrar no orçamento do mês e fazer o tratamento bom. O pacote é dividido em parcelas e da pra fazer direitinho”, conta a cliente Iria Rodrigues.

A rede aposta no treinamento eficiente de franqueados e funcionários. Aqui, todo ano, 3.200 pessoas fazem reciclagem e aprendem novas técnicas de tratamento.

Flávia Nobre é uma das franqueadas da rede e participa do treinamento. Ela é um exemplo da importância do planejamento no empreendedorismo feminino. Flávia preparou o investimento durante dois anos, e, agora, vai abrir mais uma franquia.

“Eu mantinha 60% do meu capital pra futuramente investir no meu negócio e 40% administrava as minhas despesas. Depois disso eu fui verificar onde havia mercado e qual seria a minha afinidade. Então acho que a partir daí ficou mais fácil de eu realizar o negócio”, revela a franqueada, Flávia Nobre.

Patrícia Rodrigues também é franqueada da rede. Ela vendeu carro, juntou economias e mostrou a ousadia necessária para abrir o negócio, em 2002.

“Eu tinha 24 anos. Acabado de casar e aí veio esse negócio que eu falei, ‘poxa é uma grande oportunidade’, e num ato realmente, tanto meu, como da minha irmã, de coragem, nós resolvemos investir”, conta.

Patrícia sempre trabalhou muito. Checa tudo o tempo todo e avalia cada resultado da empresa. A franqueada aponta o que é essencial para lidar com o universo feminino.

“Eu acho que nesse negócio, clínica de estética, ser mulher é importante porque seu público é praticamente feminino, as suas funcionárias são praticamente todas mulheres. Então eu acho que a sensibilidade, a determinação que uma mulher tem faz diferença nesse negócio”,afirma ela.

Hoje a rede de franquias atende 60 mil pacientes por mês. Um mercado que, nas mãos de mulheres como Patrícia e Lucy, só tende a crescer.

“E eu acho que gostar do que você faz, dedicar muito e querer crescer, acreditar. Eu acho que é o que vale”, diz Lucy.

“As mulheres querem ficar bonitas, mas elas também querem vir aqui relaxar. É um presente que ela se dá”, garante Patrícia Rodrigues.

“Quando elas acreditam como eu acreditei o negócio só tem que dar certo. As mulheres são sim empreendedoras. Você vê, pelo nosso mundo aí onde caminha”, comenta Edna.
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