Oportunidade de negócio - Mercado de detectores de metais promete mais crescimento.
Setor de equipamentos de segurança eletrônica tem expectativa de crescer 50%, até 2012.
Mercado de detectores de metais promete mais crescimento.
Setor de equipamentos de segurança eletrônica tem expectativa de crescer 50%, até 2012.
Os empresários José Aquino e Ricardo Araujo fabricam 10 produtos diferentes de segurança. Os mais vendidos são o detector portátil, o inspecionador de volumes e um equipamento chamado pórtico. Ele fica na portaria da fábrica e evita a entrada de armas ou na saída, furtos de objetos da própria empresa.
O sistema sonoro apita na presença de qualquer metal, como ferro, aço ou alumínio.
“Nós temos um transmissor que gera 3 freqüências. Nós temos um receptor que recebe essas mesmas três freqüências. Aqui é como se fosse uma cortina invisível. Ao passar o metal, como vocês tão vendo. Ele detecta”, conta o empresário Gustavo Aquino.
E a fábrica de detectores de metais, que existe há 10 anos, está crescendo e vai dobrar de tamanho, ainda este ano. O mercado é animador.
“Alguns fatores que estão por vir, como eventos internacionais, Copa do Mundo, olimpíadas e pelas exigências dos órgãos organizadores, eles irão demandar a utilização de muitos equipamentos de segurança”, diz o gerente Reinaldo Cantidio.
Cada vez mais, a empresa ganha dos concorrentes e invade o mercado dos sofisticados importados. Os empresários aprenderam a fazer aparelhos simples e eficientes, que custam de R$ 350 a R$ 10 mil.
“Nós temos aqui duas placas pra demonstrar. Essa é do equipamento importado e essa é do equipamento que nós desenvolvemos. Visualmente você percebe que ele utiliza de recursos e muito mais componentes do que essa daqui que nós desenvolvemos, mas a função dos dois é exatamente a mesma. Com isso nós colocamos um produto no mercado com um quarto do valor do produto importado”, afirma Reinaldo.
Um dos trunfos da empresa, é que os equipamentos podem ser regulados para ter maior ou menor sensibilidade. Com esta tecnologia, os detectores podem atender a vários tipos de clientes.
Imagine um evento cheio de gente. Nesse caso, a detecção tem que ser feita mais a grosso modo para o alarme não ficar tocando toda hora e atrapalhar a movimentação de pessoas.
Já em algumas situações a história é outra. Num presídio, por exemplo. Precisa identificar uma pequena placa de celular que pode ser remontado depois. Às vezes o aparelho tem de ser capaz de ir ainda mais longe. Por exemplo: um clips escondido na sola do calçado.
A expectativa deste mercado é crescer mais de 50% ao ano a partir de 2011. Mas, para montar um negócio como este, o investimento é de R$ 300 mil. São necessários equipamentos específicos para aferir e regular o sistema de detecção, como multímetro, capacímetro e ociloscópio.
“O importante é o conhecimento. Esse conhecimento só adquire com o tempo. E normalmente o pessoal pra adquirir isso daí, tem que ser originária de empresas do mesmo ramo”, conta José Gustavo.
Quem entra neste segmento deve reservar um bom capital de giro. Aqui, o retorno do investimento leva tempo. O cliente conhece pouco desta tecnologia e demora para adquirir confiança. Esta empresa atende a cem clientes por mês.
“O cliente pelo desconhecimento do equipamento, do funcionamento, ele tem uma série de etapas que a gente precisa cumprir. Precisa apresentar o equipamento, precisa demonstrar. O cliente também tem o seu tramite interno de compras e pode levar até 90 dias pra ta concretizando”, diz Reinaldo.
Esta fábrica de peças automotivas é cliente da empresa de detectores de metal. Aqui, quando os equipamentos foram instalados, surgiu um problema. O alarme tocava toda hora, por causa dos calçados usados pelos funcionários.
“O alarme disparava devido a ter metal na ponta da bota. É um pedaço de metal na ponta da bota e o alarme dispara mesmo. Não tem jeito”, afirma o segurança Mário José Reis.
O ajuste técnico foi feito com facilidade. E foi fundamental para conquistar o cliente.
“Hoje não detecta mais as biqueiras de aço das botas e todos os equipamentos metálicos perigosos não entram e não saem sem ser detectados“ revela o encarregado José de Araujo.
“Em matéria de segurança a personalização é fundamental. Cada cliente tem uma necessidade. E assim conquistamos o mercado” diz José Aquino.