Maquiagens infantis viram negócio lucrativo.

Empresas investem na fabricação de tintas para pinturas decorativas em rostos de crianças para eventos infantis.

A cada pincelada as cores se misturam e se transformam em desenhos. Aqui surge uma borboleta e aqui, a máscara de um super herói.

O empresário Jekson Oliveira trabalhava como palhaço em festas infantis e há 5 anos resolveu investir na fabricação de tintas decorativas. Para começar o próprio negócio, o empresário gastou R$50 mil reais.

“Quando nós compramos a formulação, a idéia era abastecer a nossa própria equipe de animadores de festa. E com isso a gente percebeu que o mercado tinha uma necessidade”, conta Jekson Oliveira.

Na fábrica em que as tintas são produzidas a matéria-prima é misturada em tambores, que na composição, vão: óxido de zinco, glicerina e essência de tutti frutti.
Na fábrica, sete profissionais trabalham na linha de produção. Hoje, o empresário é um dos líderes do mercado de tintas decorativas.

“Temos 150 clientes ou mais, espalhados por todo o Brasil. Lembrando que alguns pontos fortes como São Paulo, Rio, Minas e Brasília”, ressalta Jekson.

No processo de fabricação, o controle de qualidade é bastante rígido. Tudo para que o produto não tenha contaminação e esteja adequado para o uso nas crianças. Aqui no laboratório, o técnico avalia as amostras que passam por testes de viscosidade, PH e densidade. Se aprovadas, as tintas estão prontas para o envase.

Por mês, são produzidos 100 mil frascos de tinta, com várias cores. Tem a linha cremosa para auto-maquiagem, o gel glitter e a tinta líquida facial, aprovada pelo Ministério da Saúde e carro-chefe de vendas da empresa. O empresário fatura, por mês, R$80 mil. E possui uma margem de lucro em torno de 40%.

A estratégia dele para aumentar as vendas é oferecer um livreto explicativo, junto com as tintas, que ensina as técnicas passo a passo.

“Nós ensinamos as pessoas a fazer a maquiagem de rosto inteiro. Assim aumentando o consumo. Pintando mais, mais consumo, mais venda, mais lucro pra empresa”, destaca o empresário.

Uma loja de artigos para festa infantil revende as tintas produzidas por Jekson. Uma caixa com 12 cores custa R$24. A loja fatura R$10 mil por mês com a venda das tintas.
“O pessoal que faz recreação, palhaços que prestam serviços em empresas, festas de fim de ano. Então, esse pessoal que consome mais essas tintas”, comenta o gerente da loja, Gildo de Vasconcelos.

Rosi Dias é recreadora infantil, nas festas, ela faz pinturas em crianças. Ela usa as tintas fabricadas por Jekson Oliveira e o custo-benefício compensa: ela paga metade do preço de uma tinta importada.

“Se for um produto nacional, do Brasil, tem que ter um certificado da Anvisa. Não comprar produtos de fundo de quintal porque é uma responsabilidade muito grande, é a pele da criança que está em jogo”, diz Rosí Dias.

Rosi Dias faz, em média, 10 festas infantis por mês e cobra R$ 50 a hora. O lucro em cada evento gira em torno de 80%. Segundo ela, este mercado cresce 20% ao ano.
E Rosí Dias também dá aulas de pintura para futuros profissionais, o curso custa R$250 e o aluno aprende técnicas de desenho e a pintar.

“O investimento é baixíssimo e o lucro é um lucro bom”, Maria Paula Gonçalves.
A pintura pode ser feita em crianças a partir dos três anos de idade, e para a criançada, pintar o rosto é diversão garantida.

“Eu acho que fica bonito”, diz Giovana, de 9 anos. “Eu gosto porque são coloridas, brilhantes, bonitas também”, diz Matheus, de 10 anos.

“Hoje 30% do nosso lucro é destinado a isso: a ter um produto de maior qualidade a nível importação, mas com o custo nacional e estamos conseguindo já”, confirma Jekson Oliveira.